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Rússia busca controle sobre preços globais de grãos com criação de bolsa do Brics

Placeholder - loading - Lavoura de trigo na Rússia 10/07/2024 REUTERS/Sergey Pivovarov
Lavoura de trigo na Rússia 10/07/2024 REUTERS/Sergey Pivovarov
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Por Gleb Bryanski

MOSCOU (Reuters) - A Rússia está propondo que os países do Brics criem uma bolsa de grãos que forneceria a Moscou maior controle sobre os preços internacionais de suas exportações agrícolas, antes de uma cúpula do grupo que contará com a presença de chefes de Estado dos principais produtores e compradores globais de grãos.

Frustrada com os baixos preços globais do trigo, a Rússia, o maior exportador de trigo do mundo, tem buscado limitar suas exportações com preços baixos por meio de intermediários internacionais. Em 11 de outubro, Moscou recomendou que seus principais exportadores evitassem vender trigo abaixo de 250 dólares em licitações internacionais.

'A fim de garantir o comércio transfronteiriço eficiente, ininterrupto e transparente de commodities, a presidência russa do Brics propõe o estabelecimento de uma plataforma de comércio de grãos dentro da estrutura da Bolsa de Grãos do Brics', disse um documento elaborado pelo banco central e pelo Ministério das Finanças da Rússia antes da cúpula.

O presidente russo, Vladimir Putin, quer fazer do Brics -- que agora inclui Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos, além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -- como um contrapeso ao Ocidente na política e no comércio globais.

A proposta da Rússia também recomenda a criação de uma agência de preços do Brics, encarregada de fornecer metodologias de preços e análises de mercado para oferecer uma alternativa aos atuais preços internacionais por meio de bolsas ocidentais estabelecidas.

A proposta prevê a extensão dos mecanismos de comércio de grãos do Brics para petróleo, gás natural e ouro no futuro.

'Essa medida garantirá preços independentes e fortalecerá a soberania das economias do Brics', diz o documento.

Países emergentes ricos em petróleo têm obtido um controle substancial sobre os preços globais do petróleo por meio da Opep+. Entretanto, alguns especialistas são céticos quanto à capacidade do Brics de influenciar os preços de outras commodities.

Membros originais do Brics, China e Índia são os maiores produtores de trigo do mundo, enquanto o Egito é o maior comprador do mundo. Outros países do grupo, como o Brasil e o Irã, também são grandes importadores do grão.

A cúpula do Brics ocorre entre 22 e 24 de outubro e será realizada na cidade russa de Kazan.

Escrito por Reuters

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Placeholder - loading - Imagem da notícia DUA LIPA E OUTROS ARTISTAS BRITÂNICOS EXIGEM PROTEÇÃO CONTRA IA

DUA LIPA E OUTROS ARTISTAS BRITÂNICOS EXIGEM PROTEÇÃO CONTRA IA

Em 2025, a preocupação com o uso não autorizado da inteligência artificial (IA) para treinar modelos baseados em obras protegidas por direitos autorais tomou o centro do debate cultural. Um movimento liderado por mais de 400 artistas britânicos, entre eles Dua Lipa, Elton John, Paul McCartney, Coldplay, Kate Bush e Ian McKellen, exigiu que o governo do Reino Unido reformule suas legislações de proteção intelectual.

A carta aberta enviada ao primeiro-ministro britânico Keir Starmer representa uma ofensiva histórica por maior transparência e regulamentação no uso de conteúdos criativos pela IA, especialmente por grandes empresas de tecnologia.

“Estamos profundamente preocupados com a ameaça existencial que a IA não regulada representa para a música, o cinema e todas as formas de arte criativa” — afirma o trecho principal do documento divulgado em maio.

A polêmica do treinamento de IA com obras protegidas

Os artistas pedem transparência quanto aos materiais utilizados no treinamento de sistemas de IA, como músicas, roteiros, livros e performances, muitos deles com copyright. A carta apoia uma emenda ao projeto Data (Use and Access) Bill, proposta pela baronesa Beeban Kidron, que obrigaria as empresas a revelarem as obras utilizadas para treinar IA.

“A criatividade humana precisa de proteção, não apenas para os grandes nomes, mas para todos os que vivem de sua arte” — destacou a baronesa Kidron ao Financial Times.

Protestos silenciosos e decisões legais reforçam a pressão

A mobilização ganhou ainda mais força com o lançamento do álbum de protesto “Is This What We Want?”, composto por faixas silenciosas de mais de 1.000 músicos britânicos. A ideia foi criar uma metáfora sobre a apropriação indevida do silêncio e protestar contra a coleta de dados criativos sem consentimento.

Nos Estados Unidos, o Escritório de Direitos Autorais (U.S. Copyright Office) estabeleceu que obras geradas inteiramente por IA não podem ser protegidas por copyright, a menos que envolvam participação humana substancial.

“A autoria humana continua sendo o pilar do direito autoral” — afirmou Shira Perlmutter, ex-chefe do Copyright Office dos EUA, em nota oficial.

Além disso, em março de 2025, um tribunal federal dos EUA reafirmou essa diretriz, negando a proteção de direitos a imagens criadas exclusivamente por IA.

Elton John e Paul McCartney se posicionam

A mobilização não tem sido silenciosa nos bastidores. Elton John declarou ao The Guardian:

“É inaceitável que as empresas de tecnologia explorem nossa música sem sequer pedir permissão. Estamos falando da essência do nosso trabalho.”

Paul McCartney, por sua vez, lembrou dos impactos emocionais da música:

“A arte não é apenas dados, é emoção. Não podemos permitir que algoritmos substituam histórias de vida.”

A arte pede socorro

A batalha por regulamentação justa da inteligência artificial na indústria criativa está apenas começando, mas já demonstra que os artistas não aceitarão passivamente que suas obras sejam usadas sem compensação ou consentimento.

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