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SAIBA MAIS-O que sabemos sobre o acordo da Argentina com o FMI e a política cambial?

Placeholder - loading - Pessoas acompanham discurso do president da Argentina, Javier Milei  11/04/2025. REUTERS/Cristina Sille/File Photo
Pessoas acompanham discurso do president da Argentina, Javier Milei 11/04/2025. REUTERS/Cristina Sille/File Photo
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Por Jorge Otaola

BUENOS AIRES (Reuters) - A Argentina fechou um acordo de US$20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e desmantelou grande parte de seus controles cambiais conforme o presidente Javier Milei procura tirar o país de uma prolongada crise econômica.

Com os mercados vendo os acontecimentos como positivos, o que significa o acordo com o FMI e a mudança na política cambial?

QUANTO A ARGENTINA ESTÁ RECEBENDO?

O país diz que deve receber US$28 bilhões somente em 2025, incluindo US$15 bilhões do FMI, US$6,1 bilhões de outros credores multinacionais, US$2 bilhões de bancos globais e US$5 bilhões da extensão de um swap cambial com a China.

O FMI desembolsará US$12 bilhões nesta semana, seguido de uma revisão do programa em junho que deverá liberar mais US$2 bilhões, e uma nova revisão no final do ano com mais US$1 bilhão.

'Esses recursos líquidos serão usados para fortalecer o balanço patrimonial (do banco central) por meio da recompra de títulos intransferíveis pelo Ministério da Economia', informou o banco central da Argentina.

QUAL É A NOVA POLÍTICA CAMBIAL?

O novo regime de taxa de câmbio permitirá que o peso flutue livremente em uma faixa móvel entre 1.000 e 1.400 pesos por dólar, ante política anterior de controle que manteve a moeda em torno de 1.074 na sexta-feira.

A nova banda móvel se expandirá em 1% a cada mês, tanto no limite superior quanto no inferior. O banco central poderá comprar e vender dólares se a banda for quebrada, enquanto dentro da banda ele poderá optar por operar nos mercados secundários de pesos por meio de operações de mercado aberto, informou o banco central.

O FMI acrescentou em seu relatório que a estrutura monetária evoluirá com o tempo para uma 'taxa de câmbio totalmente flexível no contexto de um sistema bimonetário, em que o peso e o dólar coexistem'.

QUAL É A META DE ACÚMULO DE RESERVAS?

Segundo o acordo com o FMI, a Argentina precisará acumular reservas internacionais líquidas no valor de US$4 bilhões até o final do ano, em comparação com o nível de 31 de dezembro de 2024. A meta básica fará com que isso se acelere para um aumento de US$8 bilhões no próximo ano.

Embora o governo de Milei tenha feito do acúmulo de reservas um dos principais focos e tenha tido algum sucesso, isso se reverteu nas últimas semanas em meio à crescente pressão sobre o peso, levando as reservas líquidas a cair para US$7 bilhões negativos, de acordo com uma estimativa do FMI.

A META FISCAL ZERO PERMANECE?

O acordo prevê um cenário básico que busca superávit fiscal primário este ano de 1,3% do PIB, um pouco abaixo do ano passado, embora o ministro da Economia, Luis Caputo, já tenha sugerido que o governo terá uma meta mais alta, em torno de 1,6%.

A meta fiscal geral - incluindo o pagamento da dívida - visa a um equilíbrio fiscal este ano. O superávit primário e geral começaria a aumentar no próximo ano e nos anos seguintes.

A ARGENTINA PODE RETORNAR AOS MERCADOS DE CAPITAIS?

O FMI afirmou em seu relatório que, se houver uma 'implementação decisiva' do programa e um rápido acúmulo de reservas, isso poderá reduzir os custos de empréstimos para a Argentina e fazer com que ela volte a acessar os mercados de capitais internacionais até o início de 2026.

Os desafios do país, entretanto, ainda não terminaram, com as reservas no vermelho e a inflação, embora tenha caído drasticamente desde que Milei assumiu o cargo em dezembro de 2023, ainda é persistente.

'A cobertura das reservas continua muito fraca', disse o FMI. 'É necessário mais trabalho para ancorar a inflação e fortalecer de forma duradoura a posição externa do país e a resiliência a um cenário global mais complexo.'

Escrito por Reuters

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ELISABETE FRANÇA REVELA OS PRÓXIMOS PASSOS DO FUTURO URBANO DE SÃO PAULO

Neste fim de semana, São Paulo dá um importante passo na construção de seu futuro urbano com a realização da 8ª Conferência Municipal da Cidade. A iniciativa, que segue diretrizes do Governo Federal, busca reunir propostas da população paulistana para compor a pauta da Conferência Estadual — e, futuramente, da Nacional. Em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1, a secretária municipal de Urbanismo e Licenciamento, Elisabete França, compartilhou detalhes do processo participativo que vem sendo desenvolvido desde o início do ano e também falou sobre o futuro do Jockey Club, um dos pontos mais emblemáticos e disputados da cidade.

Segundo a secretária, a etapa municipal é fruto de um processo democrático e descentralizado, com 15 encontros regionais realizados aos sábados, nos quais foram reunidas mais de 600 propostas populares.

“Achei os encontros regionais riquíssimos, muito bacanas. Fiquei muito feliz, participei de quase todos”, afirmou.

As demandas mais recorrentes? Meio ambiente, habitação, mobilidade e participação popular?

“A população clama por mais áreas verdes, melhor preservação das árvores, mais parques e qualidade do ar. Nesse ponto, neste ano especial da COP30, foi muito importante”, disse a secretária.

Habitação, especialmente para famílias de baixa renda, liderou o volume de propostas. E, na mobilidade, destaque para segurança no transporte público e iluminação nas vias, com foco especial na segurança das mulheres.

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