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Secretária de Comércio diz que EUA querem trabalhar com China

Placeholder - loading - Secretária de Comércio dos EUA Gina Raimondo e premiê chinês Li Qiang em Pequim  29/8/2023     Andy Wong/Pool via REUTERS
Secretária de Comércio dos EUA Gina Raimondo e premiê chinês Li Qiang em Pequim 29/8/2023 Andy Wong/Pool via REUTERS

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Por David Shepardson

PEQUIM (Reuters) - Os Estados Unidos querem trabalhar com a China para resolver problemas como as mudanças climáticas e a inteligência artificial, disse a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, ao primeiro-ministro chinês, Li Qiang, em uma reunião em Pequim, nesta terça-feira.

Raimondo é a mais recente autoridade do governo Biden a visitar a China em tentativa de fortalecer as comunicações, especialmente sobre economia e defesa, em meio a preocupações de que o atrito entre as duas superpotências possa sair do controle.

“Existem outras áreas de preocupação global, como as mudanças climáticas, a inteligência artificial, a crise do fentanil, nas quais queremos trabalhar com vocês como duas potências globais para fazer o que é certo para toda a humanidade”, disse Raimondo na reunião no Grande Salão do Povo.

Li afirmou que relações econômicas sólidas e cooperação comercial seriam benéficas não só para os seus países, mas também para todo o mundo - um ponto também levantado esta semana por outros representantes ​​chineses e por Raimondo.

Os Estados Unidos e a China eram os maiores parceiros comerciais um do outro, mas Washington agora negocia mais com os vizinhos Canadá e México, enquanto Pequim negocia mais com o Sudeste Asiático.

Mais cedo nesta terça-feira, Raimondo disse ao chefe da economia da China, He Lifeng, que os EUA não buscam desligar-se de sua rival.

“Embora nunca vamos comprometer a proteção da nossa segurança nacional, quero deixar claro que nunca procuraremos dissociar ou reter a economia da China”, disse ela.

He Lifeng expressou na reunião as preocupações chinesas sobre temas como as tarifas dos EUA da 'Seção 301', controles de exportação e restrições de investimento bidirecional, afirmou o governo chinês.

O ex-presidente dos EUA Donald Trump impôs tarifas em 2018 e 2019 sobre milhares de importações da China avaliadas em cerca de 370 bilhões de dólares na ocasião, depois de uma investigação ter descoberto que a China estava apropriando-se indevidamente de propriedade intelectual dos EUA e coagindo empresas dos EUA a transferir tecnologia sensível para fazer negócios.

Antes de seu encontro com He, Raimondo e o ministro do Turismo, Hu Hepin, concordaram em realizar a 14ª Cúpula de Liderança em Turismo China-EUA na China, no primeiro semestre do próximo ano, um sinal de que melhorar os laços interpessoais é importante para estabelecer um piso no relacionamento bilateral.

Raimondo fez do incentivo às viagens e ao turismo uma grande parte de sua viagem. A China e os Estados Unidos concordaram este mês em duplicar o número de voos permitidos entre eles, que ainda são apenas uma fração do número antes da pandemia.

(Reportagem adicional de Joe Cash)

((Tradução Redação São Paulo)) REUTERS TR

Escrito por Reuters

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