Secretário de Energia dos EUA prevê sanções mais rígidas contra o Irã se não houver acordo
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WASHINGTON (Reuters) - O secretário de Energia dos Estados Unidos, Chris Wright, disse nesta terça-feira que o Irã pode esperar sanções mais rígidas se não chegar a um acordo com o presidente Donald Trump sobre seu programa nuclear.
'Sem dúvida, eu esperaria sanções muito rígidas contra o Irã e, com sorte, levaria o país a abandonar seu programa nuclear', disse Wright em uma entrevista à CNBC.
Na quarta-feira, Wright iniciará uma viagem de quase duas semanas por três países do Oriente Médio, incluindo a Arábia Saudita, marcando sua primeira visita como autoridade dos EUA ao líder de fato da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, disse uma fonte familiarizada com o assunto à Reuters.
Wright também defendeu o decreto de Trump esperado para esta terça-feira com o objetivo de impulsionar o setor de carvão como essencial para os centros de dados de inteligência artificial, assim como a produção de aço e outras atividades industriais.
'Precisamos de um suprimento crescente de eletricidade para atingir o boom da IA e também para essa reindustrialização dos Estados Unidos. Se quisermos aumentar significativamente a produção de eletricidade nos Estados Unidos nos próximos cinco ou dez anos, temos que parar de fechar usinas de carvão', disse Wright na entrevista.
Questionado sobre o comentário de Trump de que a União Europeia deveria comprar mais energia dos Estados Unidos, Wright disse que países da Ásia, da Europa e de outros lugares entraram em contato para manifestar interesse em comprar mais energia norte-americana.
Wright disse não acreditar que países europeus queiram retornar à Rússia como fornecedora de energia quando a guerra na Ucrânia terminar.
'Quando converso com líderes europeus, uma coisa que todos eles compartilham é o arrependimento de terem apostado seu futuro energético na Rússia', disse ele.
'Portanto, não creio que haja um grande desejo no momento de que, quando a guerra terminar, voltemos a contar com a Rússia para uma parcela dominante de nosso fornecimento de energia. Acho que é muito improvável que isso aconteça.'
(Reportagem de Doina Chiacu)
Escrito por Reuters