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Senado quer tocar medidas do pacto federativo e reforma da Previdência na mesma velocidade

Placeholder - loading - Plenário do Senado 13/12/2016 REUTERS/Adriano Machado
Plenário do Senado 13/12/2016 REUTERS/Adriano Machado
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Por Maria Carolina Marcello e Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O Senado irá tocar ao mesmo tempo a tramitação de propostas do pacto federativo e a reforma da Previdência, e quer encerrar as votações até o início de outubro, informou nesta terça-feira o líder do governo na Casa, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

Segundo ele, que participou de reunião de líderes do Senado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no gabinete da Presidência da Casa, a ideia é que o governo apresente formalmente um documento com as propostas do pacto na próxima segunda-feira. A partir daí, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), irá designar que relatores ficarão responsáveis por cada tema.

“Essas matérias do pacto federativo vão andar na mesma velocidade da votação da reforma da Previdência”, disse o líder do governo a jornalistas após a reunião.

“Esse é o resumo, para que a gente possa até a primeira semana de outubro ter a votação do pacto federativo e a votação da reforma da Previdência”, acrescentou.

Segundo ele, a minuta apresentada pelo governo na reunião desta terça-feira gira em torno de dois eixos principais: um deles relacionado à flexibilização orçamentária dos entes, e outro que trata da destinação de recursos a Estados e municípios e determinadas contrapartidas.

“O governo vai sugerir a desvinculação, a desobrigação e a desindexação”, explicou Bezerra, acrescentando que a desvinculação esbarrou em resistências de alguns líderes, que temem a redução de recursos destinados às áreas de saúde e educação.

“Então o governo está trabalhando em um texto que possa resguardar essa vinculação com as despesas de saúde de educação e avançar nas outras áreas da desobrigação e desindexação”, afirmou.

O segundo eixo de propostas --o de transferência de recursos a Estados e municípios-- engloba algumas medidas que já tramitam no Congresso. Esse é o caso da cessão onerosa, que segundo o presidente do Senado, deve ter seu parecer apresentado na quarta-feira e deve ser votada na próxima semana pelo plenário da Casa.

A proposta resultará, de acordo com o líder do governo, em uma distribuição de 21 bilhões de reais aos entes federativos – 10,5 bilhões para Estados e 10,5 bilhões para municípios.

A ideia, explica Bezerra, é que a chegada desses recursos possibilite o pagamento de 4 bilhões de reais referentes à Lei Kandir até o final deste ano.

O líder admitiu haver resistência quanto ao encerramento da Lei Kandir, o que poderia dar brecha para a tributação sobre a exportação.

“Esse tema suscitou um debate mais longo, e o governo vai ao longo dos próximos dias encaminhar uma proposta porque existe uma resistência no sentido de tributar a exportação, e evitar a exportação de impostos e não tirar a competitividade dos produtos brasileiros”, afirmou.

Segundo Bezerra, também está prevista a transferência de recursos do Fundo Social, além de montante proveniente da reserva especial e de royalties da exploração de petróleo.

Há ainda a previsão de aprovação de proposta sobre equilíbrio fiscal, a chamada Lei Mansueto, segundo a qual a União dará aval a empréstimos de Estados e municípios pelos próximos quatro anos.

A transferência desses recursos terá algumas contrapartidas, pela proposta do governo. Uma delas, informou o líder, é a desjudicialização de processos dos entes contra a União.

Para o alongamento do prazo de pagamento de precatórios --de 2024 para 2028--, o governo exige como contrapartida a revogação de PEC obrigando-o a criar uma linha de financiamento para o pagamento dessas determinações judiciais.

“Todo o pacto federativo chegará aqui com os detalhes, de ponto a ponto, será entregue ao presidente Davi Alcolumbre e o presidente Davi Alcolumbre vai destacar os senadores que irão apresentar como iniciativas de senadores, que irão apresentar cada uma dessas iniciativas”, disse o líder do governo, lembrando das que já tramitam no Congresso, como a securitização das dívidas.

Sobre a securitização, aliás, disse ter a informação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que será pautada na próxima terça-feira.

Após quase quatro horas de reunião com a equipe econômica sobre o pacto federativo, o presidente do Senado anunciou que o Senado deve votar proposta da cessão onerosa na próxima semana e disse que a minuta apresentada por Guedes que converge com as ideias dos parlamentares.

“Senadores participaram, tiraram as dúvidas, e a gente já tem, por parte do governo, uma minuta do novo pacto federativo que vai conciliar com as teses construídas pelos senadores”, disse Alcolumbre.

“Serão 4 ou 5 emendas constitucionais.”

O presidente do Senado disse ainda que o governo demonstrou compreender que deverá partir da Casa a iniciativa para discutir os temas.

Escrito por Reuters

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Neste fim de semana, São Paulo dá um importante passo na construção de seu futuro urbano com a realização da 8ª Conferência Municipal da Cidade. A iniciativa, que segue diretrizes do Governo Federal, busca reunir propostas da população paulistana para compor a pauta da Conferência Estadual — e, futuramente, da Nacional. Em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1, a secretária municipal de Urbanismo e Licenciamento, Elisabete França, compartilhou detalhes do processo participativo que vem sendo desenvolvido desde o início do ano e também falou sobre o futuro do Jockey Club, um dos pontos mais emblemáticos e disputados da cidade.

Segundo a secretária, a etapa municipal é fruto de um processo democrático e descentralizado, com 15 encontros regionais realizados aos sábados, nos quais foram reunidas mais de 600 propostas populares.

“Achei os encontros regionais riquíssimos, muito bacanas. Fiquei muito feliz, participei de quase todos”, afirmou.

As demandas mais recorrentes? Meio ambiente, habitação, mobilidade e participação popular?

“A população clama por mais áreas verdes, melhor preservação das árvores, mais parques e qualidade do ar. Nesse ponto, neste ano especial da COP30, foi muito importante”, disse a secretária.

Habitação, especialmente para famílias de baixa renda, liderou o volume de propostas. E, na mobilidade, destaque para segurança no transporte público e iluminação nas vias, com foco especial na segurança das mulheres.

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