Senadores decidem exigir liberação de registros de OVNIs do governo dos EUA
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WASHINGTON (Reuters) - O Senado deve considerar nos próximos dias uma medida bipartidária que obrigaria o governo dos Estados Unidos a divulgar publicamente registros relacionados a possíveis avistamentos de objetos voadores não identificados (OVNIs) após décadas de bloqueio.
O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, um democrata, juntou-se ao senador Mike Rounds, um republicano, na liderança de um esforço para forçar a divulgação de informações relacionadas ao que o governo chama oficialmente de 'fenômenos anômalos não identificados' ou UAPs, na sigla em inglês.
A proposta de 64 páginas segue o modelo de uma lei dos EUA de 1992 que especifica o tratamento de documentos relacionados ao assassinato do presidente John Kennedy em 1963.
Os parlamentares querem oferecer a medida como uma emenda à legislação abrangente que tramita no Congresso e que autorizaria o financiamento de Defesa dos EUA para o ano fiscal que começa em 1º de outubro.
O apoio de Schumer provavelmente influenciará muitos de seus colegas democratas. Rounds é membro dos comitês de Inteligência e Serviços Armados do Senado.
'Durante décadas, muitos americanos ficaram fascinados por objetos misteriosos e inexplicáveis, e já passou da hora de obter algumas respostas', disse Schumer em comunicado na sexta-feira, acrescentando que o público 'tem o direito de aprender sobre tecnologias de origens desconhecidas, inteligência não-humana e fenômenos inexplicáveis'.
A emenda exigiria que a Agência Nacional de Arquivos e Registros dos EUA coletasse registros de UAPs de todos os escritórios governamentais relevantes sob 'uma presunção de divulgação imediata' e um conselho de revisão teria que fornecer uma justificativa para manter os documentos sigilosos.
De acordo com a medida, os documentos devem ser divulgados publicamente na íntegra no máximo 25 anos após a promulgação da lei, a menos que o presidente dos EUA certifique que o adiamento contínuo é necessário devido a algum dano direto à segurança nacional.
(Reportagem de Josephine Walker)
Escrito por Reuters