Ser humano queima calorias ao pensar, apontam especialistas do exterior
Ao fazer tarefas mentais mais desafiadores, a tendência é queimar mais energia, porém apenas um pouco mais, do que se alguém realizasse alguma atividade simples
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Você já parou para pensar se alguém que trabalha diariamente usando a criatividade ou tendo que realizar algumas atividades mentais difíceis queima mais energias do que aquele que fica horas assistindo um programa de tevê? Segundo Ewan McNay, professor de psicologia e neurociência comportamental da Universidade de Albany, a resposta é ''basicamente'' sim. O conteúdo foi abordado pela tradicional revista americana Time.
O cérebro, diferente de qualquer outra parte do corpo, funciona usando açúcar e glicose, e qualquer atividade cognitiva mais forte exige mais glicose, de acordo com McNay. Ele acrescenta que, o ser humano vai, sim, queimar mais energias durante uma intensa atividade cognitiva do que se estivesse apenas assistindo um programa. Contudo, no contexto do gasto energético total de uma pessoa comum, a diferença na queima de caloria de uma tarefa mental para a outra é uma quantidade extremamente pequena.
De acordo com estudos feito pelo Dr. Marcus Raichle, professor de medicina na universidade de em St. Louis, enquanto o cérebro representa somente 2% do peso total de uma pessoa, ele é responsável por 20% da utilização de energia do corpo. O que significa que durante um dia normal, um indivíduo usa, aproximadamente, 320 calorias apenas para pensar.
Então, distintas atividades mentais podem afetar sutilmente o modo que o cérebro consome energia.
Para McNay, o cérebro não gasta muito mais energia durante atividades mentais mais intensas do que ao longo da realização das mais simples. Uma pessoa que tem um trabalho cheio de desafios cognitivos por oito horas poderia queimar aproximadamente 100 calorias a mais do que alguém que estivesse assistindo algo pelo mesmo período de tempo. Aliás, se alguém usa os múltiplos sentidos para fazer uma tarefa específica, como aprender a tocar um instrumento, é possível chegar as 200 calorias. Porém, somente se houver oito horas de aprendizado. Outra questão, se essa situação hipotética ocorresse, a habilidade do cérebro para permanecer na atividade tende a diminuir conforme os estoques de glicose estiverem sendo reduzidos.
"Em contrapartida, isso pode, sim, gerar impactos positivos para aquelas pessoas que desempenham funções envolvendo trabalhos mentalmente desafiadores. Por mais que seja apenas uma pequena quantidade extra de calorias por dia, teoricamente, tal ação pode somar-se a algo signifitcativo em um período de 50 ou 60 anos”, coloca McNay.
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