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Sobreviventes de Auschwitz relembram sofrimento 80 anos após libertação do campo

Placeholder - loading - Sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz mostra foto de seu retorno à Polônia 07/01/2025 REUTERS/Kacper Pempel
Sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz mostra foto de seu retorno à Polônia 07/01/2025 REUTERS/Kacper Pempel
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Por Barbara Erling e Kuba Stezycki

VARSÓVIA/CRACÓVIA, Polônia (Reuters) - Quando Teresa Regula chegou a Auschwitz, aos 16 anos de idade, a primeira dor real que sentiu foi a de suas orelhas queimando.

'Eles nos rasparam até a pele nua, e era um dia de calor escaldante, 4 de agosto... Essa foi a primeira dor autêntica que senti', disse a sobrevivente judia, hoje com 96 anos, falando de sua casa em Cracóvia antes do 80º aniversário da libertação de Auschwitz pelas tropas soviéticas em 27 de janeiro.

Suas lembranças iluminam o sofrimento vivido por cerca de 1,3 milhão de pessoas enviadas ao campo de extermínio nazista estabelecido na Polônia ocupada como parte da 'Solução Final' de Adolf Hitler para aniquilar os judeus europeus. A maioria dos detentos de Auschwitz morreu lá.

A Gestapo, a polícia secreta de Hitler, tirou Regula e sua mãe de sua casa em Cracóvia em 1944 e as enviou para o campo de Plaszow, onde sua mãe foi executada. Teresa foi então transportada para Auschwitz e recebeu o número 22011.

Antes uma criança saudável, ela contraiu catapora, sarampo e escarlatina no campo.

O que a manteve viva foi o pensamento de que 'meu pai, que eu sempre acreditei que poderia fazer qualquer coisa, viria e me tiraria de lá'. Mais tarde, ela soube que ele foi morto por engano pelas forças russas quando libertaram o campo de concentração de Gross Rosen, no que era então o leste da Alemanha.

'Quando voltei (do campo), pensei: 'Nunca mais vou ter filhos - nunca mais'. Se eles tivessem que passar nem que fosse por uma fração do que eu passei, eu não queria isso', disse a socióloga aposentada.

Casada, mas sem filhos, Teresa reprimiu por longas décadas todas as lembranças de seu tempo em Auschwitz. 'Agora tudo volta a mim', disse ela.

CORPOS EM CHAMAS

Janina Iwanska, uma mulher católica polonesa enviada a Auschwitz quase ao mesmo tempo que Teresa, em 1944, também não teve filhos.

'Não viverei muito mais. Mas quando olho para os jovens e as crianças... qual será o futuro deles? Eu o vejo como sombrio', disse a senhora de 94 anos, citando o 'ódio' e as divisões na sociedade moderna e prevendo outra guerra.

Janina, transportada de Varsóvia para Auschwitz em um trem de carga, lembra-se de ter saído para sentir o cheiro de corpos queimados. No campo, ela cuidava das crianças do bloco em que morava, recebendo recompensas como sopa de leite quente.

'As crianças eram tratadas de forma diferente; elas não precisavam trabalhar. Elas só tinham que esperar pacientemente - ou por suas mães ou pelo fim da guerra', disse ela.

Janina não testemunhou a libertação de Auschwitz porque foi retirada dias antes pelos alemães. Ela acabou sendo libertada pelas forças dos Estados Unidos em 2 de maio do campo de concentração para mulheres de Ravensbruck, no norte da Alemanha.

Na segunda-feira, a farmacêutica aposentada retornará a Auschwitz mais uma vez para compartilhar sua história diante de um público que incluirá o rei Charles, do Reino Unido, o presidente da França, Emmanuel Macron, e vários outros chefes de Estado e de governo.

(Reportagem de Barbara Erling e Kuba Stezycki)

Escrito por Reuters

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FOREIGNER SE DESPEDE DOS FÃS BRASILEIROS COM SHOW HISTÓRICO EM SÃO PAULO

A lendária banda Foreigner se despediu dos fãs brasileiros com um super show em São Paulo, na noite do último sábado, em uma apresentação marcada por emoção, energia e celebração. O evento, que aconteceu no Espaço Unimed, faz parte da turnê mundial de despedida do grupo e contou com a participação especial do vocalista original Lou Gramm, consolidando-se como um momento inesquecível para os fãs de rock clássico.

Como antecipado em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1 pelo próprio Lou Gramm, a passagem pelo Brasil teria um significado especial. E assim foi: ao invés de um clima de tristeza, o que se viu foi uma verdadeira festa em homenagem ao legado de uma das maiores bandas do rock americano das décadas de 70 e 80.

Double Trouble Tour aquece o público com clássicos e surpresas

A noite começou em alto nível com a abertura da "Double Trouble Tour", projeto que reuniu os vocalistas Eric Martin (Mr. Big) e Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey), acompanhados pela competente banda Spektra, formada por Leo Mancini (guitarra), Edu Cominato (bateria), BJ (teclados e vocais) e Henrique Baboon (baixo).

No repertório, sucessos das bandas pelas quais os cantores passaram, como "To Be With You" e "Wild World", do Mr. Big, além da poderosa "Separate Ways", do Journey, que permitiu a Soto mostrar toda sua força vocal. A surpresa da noite ficou por conta de uma cover intensa de "Crazy", de Seal, provando a versatilidade dos músicos em cena.

Foreigner entrega performance impecável na turnê de despedida

Após a abertura arrebatadora, foi a vez do Foreigner subir ao palco — e mostrar por que ainda é referência quando se fala em rock de arena. Com uma performance carregada de emoção e qualidade técnica, Jeff Pilson, Michael Bluestein, Bruce Watson, Chris Frazier e Luis Carlos Maldonado conduziram o público por uma viagem sonora de quase cinco décadas de história.

“Arrisco a dizer que Maldonado foi o grande destaque da noite — se isso for possível diante da qualidade técnica dos outros integrantes do grupo. Fiquei impressionado ”, comentou o jornalista João Carlos Santana, da Rádio Antena 1.

A setlist, fiel àquela apresentada em outras datas da turnê pela América Latina, incluiu todos os grandes sucessos da banda (confira abaixo). E, no momento mais aguardado da noite, Lou Gramm subiu ao palco para cantar as quatro últimas músicas do show, em um ato simbólico que representou não apenas a origem musical da banda, mas também o respeito mútuo entre artista e público.

Set List - Foreigner - São Paulo, 10 de maio de 2025

1. "Double Vision"
2. "Head Games"
3. "Cold as Ice"
4. "Waiting for a Girl Like You"
5. "That Was Yesterday"
6. "Dirty White Boy"
7. "Feels Like the First Time"
8. "Urgent"
9. Keyboard Solo
10. Drum Solo
11. "Juke Box Hero" (with Lou Gramm)
12. "Long, Long Way From Home" (with Lou Gramm)
13. "I Want to Know What Love Is" (with Lou Gramm)
14. "Hot Blooded" (with Lou Gramm)

Uma despedida inesquecível e novos planos para 2026

A noite de sábado entrou para a história tanto para os fãs quanto para os músicos do Foreigner. Um evento raro, emocionante e tecnicamente impecável (com direito a solos de teclado e bateria). Mas para aqueles que ainda sonham em ver a banda ao vivo uma última vez, há uma última chance.

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