Somente Trump pode decidir sobre movimentação de tropas dos EUA na Europa, diz secretário de Defesa
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CIDADE DO PANAMÁ (Reuters) - Apenas o presidente Donald Trump tomará decisões sobre o futuro das tropas dos Estados Unidos na Europa, disse nesta quarta-feira o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, ao ser questionado se manterá as tropas em seus níveis atuais.
'A única pessoa que determinará a estrutura da força das tropas dos EUA na Europa será o presidente Trump, o comandante-chefe', disse Hegseth a jornalistas durante viagem ao Panamá.
'E seguiremos tendo discussões contínuas, inclusive no contexto das negociações entre a Ucrânia e a Rússia, sobre qual deve ser a nossa postura de força no continente que melhor atenda aos interesses norte-americanos e garanta o compartilhamento de encargos na Europa também.'
As observações de Hegseth foram feitas um dia após o principal general dos EUA na Europa afirmar que os Estados Unidos deveriam manter sua presença militar no continente como está agora, já que o Pentágono revisa sua presença global sob Trump.
O Exército dos EUA tinha mais de 100.000 soldados na Europa após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, mas o general do Exército dos EUA Christopher Cavoli disse que o número foi reduzido para 80.000.
'É meu conselho manter essa postura de força como está agora', disse Cavoli aos parlamentares na terça-feira durante audiência do Comitê de Serviços Armados da Câmara.
Hegseth foi questionado se concorda com a avaliação. Durante sua primeira viagem à Europa, Hegseth havia dito aos pares europeus que eles não deveriam presumir que a presença dos EUA duraria para sempre.
As possíveis mudanças na presença militar dos EUA na Europa ocorrem em meio a preocupações sobre o futuro da Otan, aliança transatlântica que tem sido o alicerce da segurança europeia nos últimos 75 anos.
A crença europeia nos EUA como principal protetor do continente contra qualquer ataque da Rússia foi seriamente abalada pela tentativa de aproximação de Trump com Moscou e pela forte pressão sobre Kiev, na intenção de acabar com a guerra.
(Reportagem de Phil Stewart)
Escrito por Reuters