SP prevê retomada gradual de aulas presenciais a partir de 8 de setembro
Publicada em
Atualizada em
Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - O governo do Estado de São Paulo anunciou nesta quarta-feira a previsão de retomada gradual das aulas presenciais em todos os níveis de educação, da infantil à superior, nas redes públicas e privadas em meio à pandemia de Covid-19 a partir de 8 de setembro.
Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, disse que a retomada das aulas presenciais será permitida a partir do momento em que todas as regiões do Estado estiverem na Fase 3, de cor amarela, do plano gradual de reabertura da economia do governo estadual.
Atualmente nenhuma região do Estado está nesta fase. A maioria se encontra na Fase 2, laranja, e as demais na Fase 1, vermelha.
'Nós não vamos retornar se não estivermos cumprindo tudo isso que está estabelecido', disse Rossieli, que participou da entrevista por videoconferência, pois se recupera da infecção pela Covid-19, doença respiratória provocada pelo novo coronavírus, que chegou a colocá-lo em um leito de UTI (unidade de terapia intensiva).
'A data-base está clara, é 8 de setembro, mas isso tem que ser com o cumprimento dos 28 dias no amarela, com a epidemia já em uma situação de controle, que já esteja com os indicadores decrescentes e é muito importante que a gente siga sempre as orientações de saúde e que a gente tenha segurança para esse retorno', acrescentou.
O retorno será em fases. Na primeira delas, as escolas e universidades poderão ocupar no máximo 35% de sua capacidade e com protocolos como uso obrigatório de máscaras e distanciamento mínimo de 1,5 metro entre as pessoas.
Na segunda fase, que começará quando 60% das regiões do Estado estiverem há 14 dias na Fase 4, verde, do plano de reabertura e permitirá uso de 70% da capacidade de ocupação. Para a terceira fase, na qual 100% da capacidade poderá ser usada, 80% das regiões terão de estar há 14 dias na Fase 4.
'Acreditamos que 28 dias na Fase Amarela, para isso ocorrer olhando os dados que nós temos até agora da progressão dessa pandemia, provavelmente ao final desse período, não vai ficar tudo parado no amarelo', disse o pneumologista Carlos Carvalho, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo.
'A curva (da pandemia) é de uma elevação, depois uma estabilização e na sequência deve ocorrer um descenso. Então, 28 dias de amarelo vai estar indicando uma estabilização consolidada e várias áreas a gente espera que já esteja no verde (Fase 4) e no azul (Fase 5 e última)', acrescentou.
De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde, divulgados na coletiva, São Paulo tem 238.822 casos confirmados de Covid-19, com 13.352 mortes, um acréscimo de 284 novos óbitos em 24 horas, um dia depois de o Estado registrar o recorde diário de mortes pelo coronavírus, de 434.
Escrito por Reuters
SALA DE BATE PAPO