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Starmer sinaliza dor e 'decisões impopulares' para consertar o Reino Unido

Placeholder - loading - Primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, discursa no Jardim de Rosas da residência oficial de Downing Street, em Londres 27/08/2024 Stefan Rousseau/Pool via REUTERS
Primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, discursa no Jardim de Rosas da residência oficial de Downing Street, em Londres 27/08/2024 Stefan Rousseau/Pool via REUTERS

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Por Elizabeth Piper

LONDRES (Reuters) - O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse nesta terça-feira que teria que tomar decisões impopulares, levantando a possibilidade de impostos 'dolorosos' sobre os ricos e cortes de gastos para tentar consertar a miríade de problemas do país que ele atribuiu ao que chama de desgoverno conservador.

Em um discurso no jardim de rosas de sua residência oficial em Downing Street, palco de festas durante a pandemia de Covid-19 em um dos governos conservadores anteriores, Starmer prometeu o fim da política como de costume, dizendo aos eleitores que ele estava sendo sincero com eles ao dizer que os problemas do Reino Unido teriam que piorar antes de melhorar.

Eleito com uma vitória esmagadora em julho, Starmer prometeu reconstruir a sociedade britânica, dizendo que as revoltas contra imigrantes deste mês refletiam divisões que foram alimentadas pelo que ele descreveu como a preferência dos conservadores pelo populismo.

Ele também culpou o último governo por deixá-lo com um buraco negro de 22 bilhões de libras (equivalente a 29 bilhões de dólares), o que ele disse ter sido inesperado e que o forçou a tomar algumas decisões difíceis, como limitar pagamentos de combustível aos idosos.

O Partido Conservador, de oposição, acusa o Partido Trabalhista, de Starmer, de retratar a situação fiscal como muito pior do que é para poder aumentar os impostos, após fazer campanha antes da eleição com uma agenda que não elevaria certas taxas sobre os trabalhadores.

Starmer disse que planejava cumprir essa promessa, mas que haveria dor no curto prazo, com o que ele disse serem 'decisões impopulares', para o bem em longo prazo.

'Há um orçamento a ser apresentado em outubro, e ele será doloroso. Não temos outra escolha... Aqueles com ombros mais largos devem suportar o fardo mais pesado', disse, em um discurso para eleitores com os quais se encontrou durante a campanha eleitoral, referindo-se a uma declaração fiscal prevista para 30 de outubro.

'Herdamos não apenas um buraco negro econômico, mas também um buraco negro social e é por isso que temos que agir e fazer as coisas de forma diferente. Parte disso é ser honesto com as pessoas sobre as escolhas que enfrentamos e como isso será difícil', disse ele.

'Francamente, as coisas vão piorar antes de melhorar', disse, a uma plateia com aprendizes, professores, enfermeiros, proprietários de pequenas empresas e bombeiros.

O jardim de rosas ganhou as manchetes pela última vez depois de ter sido utilizado pelo ex-primeiro-ministro Boris Johnson e sua equipe para realizar festas durante os lockdowns da Covid-19, eventos que, segundo Starmer, abalaram a confiança entre o público e seus políticos.

A candidata conservadora à liderança do partido, Kemi Badenoch, que também é chefe de política do partido para habitação e comunidades, disse que o discurso de Starmer foi baseado em uma 'análise desonesta'.

'A verdade é que Keir Starmer está administrando as expectativas dos eleitores para uma década de declínio', disse, em um comunicado.

(Reportagem adicional de Kylie MacLellan, Suban Abdulla e Sam Tobin)

(Reportagem adicional de Kylie MacLellan, Suban Abdulla e Sam Tobin)

Escrito por Reuters

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