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Suprema Corte dos EUA impede Trump de reter pagamentos a grupos de ajuda externa

Placeholder - loading - Suprema Corte dos EUA, em Washington 29/06/2024 REUTERS/Kevin Mohatt
Suprema Corte dos EUA, em Washington 29/06/2024 REUTERS/Kevin Mohatt
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Por John Kruzel

WASHINGTON (Reuters) - A Suprema Corte dos Estados Unidos se recusou nesta quarta-feira a permitir que o governo do presidente Donald Trump retenha pagamentos a organizações de ajuda externa pelo trabalho que já haviam realizado para o governo, à medida que Trump busca suspender programas humanitários do país em todo o mundo.

Em um revés a Trump, o tribunal, em decisão de 5 x 4, manteve a ordem do juiz distrital Amir Ali, que havia solicitado que o governo liberasse prontamente o financiamento para beneficiários da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês) e do Departamento de Estado por seu trabalho anterior.

O presidente da Suprema Corte, John Roberts, e a também conservadora Amy Coney Barrett se juntaram aos três membros liberais do tribunal para formar uma maioria na rejeição do pedido do governo Trump.

Os juízes conservadores Samuel Alito, Clarence Thomas, Neil Gorsuch e Brett Kavanaugh discordaram da decisão.

A ordem de Ali, que está presidindo um processo em andamento sobre a política de Trump, havia originalmente dado ao governo até 26 de fevereiro para desembolsar o financiamento, que, segundo ele, totalizava quase US$2 bilhões e poderia levar semanas para ser pago integralmente.

Roberts suspendeu essa ordem horas antes do prazo final da meia-noite para dar à Suprema Corte tempo adicional a fim de considerar o pedido formal do governo para bloquear a decisão de Ali.

A maioria conservadora de 6 x 3 da Suprema Corte inclui três juízes nomeados por Trump durante seu primeiro mandato presidencial.

O tribunal não forneceu uma justificativa para rejeitar o pedido nesta quarta-feira. Como o prazo original já expirou, o tribunal instruiu Ali a 'esclarecer quais obrigações o governo deve cumprir para garantir o cumprimento da ordem de restrição temporária, com a devida consideração pela viabilidade de quaisquer cronogramas de cumprimento'.

O presidente republicano, buscando o que ele chamou de uma agenda 'América em Primeiro Lugar', ordenou uma pausa de 90 dias em toda a ajuda externa em seu primeiro dia de volta ao cargo, em 20 de janeiro.

Essa ordem e as subsequentes decretos de interrupção das operações da USAID em todo o mundo colocaram em risco a entrega de alimentos e ajuda médica, lançando os esforços globais de ajuda humanitária no caos.

As organizações de ajuda humanitária têm acusado Trump em ações judiciais de exceder sua autoridade de acordo com a lei federal e a Constituição dos EUA ao desmantelar efetivamente uma agência federal independente e suspender gastos autorizados pelo Congresso.

As organizações de assistência disseram em um processo na Suprema Corte em 28 de fevereiro que elas 'enfrentariam danos extraordinários e irreversíveis se o congelamento dos recursos continuasse', assim como seus funcionários e aqueles que dependem de seu trabalho.

Escrito por Reuters

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DUA LIPA E OUTROS ARTISTAS BRITÂNICOS EXIGEM PROTEÇÃO CONTRA IA

Em 2025, a preocupação com o uso não autorizado da inteligência artificial (IA) para treinar modelos baseados em obras protegidas por direitos autorais tomou o centro do debate cultural. Um movimento liderado por mais de 400 artistas britânicos, entre eles Dua Lipa, Elton John, Paul McCartney, Coldplay, Kate Bush e Ian McKellen, exigiu que o governo do Reino Unido reformule suas legislações de proteção intelectual.

A carta aberta enviada ao primeiro-ministro britânico Keir Starmer representa uma ofensiva histórica por maior transparência e regulamentação no uso de conteúdos criativos pela IA, especialmente por grandes empresas de tecnologia.

“Estamos profundamente preocupados com a ameaça existencial que a IA não regulada representa para a música, o cinema e todas as formas de arte criativa” — afirma o trecho principal do documento divulgado em maio.

A polêmica do treinamento de IA com obras protegidas

Os artistas pedem transparência quanto aos materiais utilizados no treinamento de sistemas de IA, como músicas, roteiros, livros e performances, muitos deles com copyright. A carta apoia uma emenda ao projeto Data (Use and Access) Bill, proposta pela baronesa Beeban Kidron, que obrigaria as empresas a revelarem as obras utilizadas para treinar IA.

“A criatividade humana precisa de proteção, não apenas para os grandes nomes, mas para todos os que vivem de sua arte” — destacou a baronesa Kidron ao Financial Times.

Protestos silenciosos e decisões legais reforçam a pressão

A mobilização ganhou ainda mais força com o lançamento do álbum de protesto “Is This What We Want?”, composto por faixas silenciosas de mais de 1.000 músicos britânicos. A ideia foi criar uma metáfora sobre a apropriação indevida do silêncio e protestar contra a coleta de dados criativos sem consentimento.

Nos Estados Unidos, o Escritório de Direitos Autorais (U.S. Copyright Office) estabeleceu que obras geradas inteiramente por IA não podem ser protegidas por copyright, a menos que envolvam participação humana substancial.

“A autoria humana continua sendo o pilar do direito autoral” — afirmou Shira Perlmutter, ex-chefe do Copyright Office dos EUA, em nota oficial.

Além disso, em março de 2025, um tribunal federal dos EUA reafirmou essa diretriz, negando a proteção de direitos a imagens criadas exclusivamente por IA.

Elton John e Paul McCartney se posicionam

A mobilização não tem sido silenciosa nos bastidores. Elton John declarou ao The Guardian:

“É inaceitável que as empresas de tecnologia explorem nossa música sem sequer pedir permissão. Estamos falando da essência do nosso trabalho.”

Paul McCartney, por sua vez, lembrou dos impactos emocionais da música:

“A arte não é apenas dados, é emoção. Não podemos permitir que algoritmos substituam histórias de vida.”

A arte pede socorro

A batalha por regulamentação justa da inteligência artificial na indústria criativa está apenas começando, mas já demonstra que os artistas não aceitarão passivamente que suas obras sejam usadas sem compensação ou consentimento.

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