Suzano vai avaliar incorporação de caminhões após tabela de frete
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SÃO PAULO (Reuters) - A Suzano Papel e Celulose vai aguardar posicionamento do Supremo Tribunal Federal sobre a legalidade da aprovação pelo governo de Michel Temer da tabela de fretes, e analisa eventual incorporação de caminhões próprios para lidar com os consequentes aumentos no custo de transporte de insumos e produtos aos clientes.
'Obviamente, a nossa visão é que fretes não deveriam ter uma tabela. Não entendemos que qualquer processo de definição de preços pelo governo seja adequado...Vamos avaliar incorporação de caminhões', disse o presidente-executivo da Suzano, Walter Schalka, em teleconferência com jornalistas nesta quinta-feira.
Segundo ele, os caminhões que prestam serviços à empresa pertencem a caminhoneiros e as carretas de transporte são da empresa.
'Entendemos que deve haver um processo de decisão judicial e vamos aguardar a decisão para definirmos qual nossa política', disse o executivo.
A lei que institui a tabela de fretes foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, após sanção do presidente Michel Temer.
Segundo a companhia, a greve dos caminhoneiros no final de maio impactou 105 mil toneladas de sua produção, das quais 25 mil toneladas de papel, que foi alvo de anúncio de elevação de preços entre 9 e 14 por cento pela empresa no país em julho.
O presidente Michel Temer
Questionado sobre possibilidade de reajustes nos preços da celulose, o diretor da área, Carlos Aníbal, afirmou que o mercado global segue 'balanceado', com a oferta sendo reprimida por eventos não planejados, como a greve dos caminhoneiros, e a demanda em todos os mercados em elevação.
A Suzano divulgou mais cedo que prejuízo de 1,85 bilhão de reais para o segundo trimestre, que foi impactado por efeitos cambiais decorrentes do financiamento para o pagamento da incorporação da rival maior Fibria.
(Por Alberto Alerigi Jr.)
Escrito por Thomson Reuters
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