Após massacre na Flórida, Biden e Harris pedem que EUA combatam supremacistas brancos
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e importantes autoridades da Casa Branca discursaram nesta segunda-feira contra supremacistas brancos, pedindo que os norte-americanos se unam contra o ódio depois de um massacre que causou a morte de três pessoas na Flórida durante o fim de semana, em ato que teria sido motivado por questões raciais. “Não podemos deixar que o ódio prevaleça. E ele está crescendo”, disse Biden na Casa Branca, em conversa com líderes da defesa dos direitos civis, incluindo a família de Martin Luther King Jr., que se reuniu para celebrar o 60º aniversário da marcha do reverendo por Washington. Um homem branco de 21 anos matou três negros em uma filial da loja Dollar General em Jacksonville, na Flórida, no sábado. O autor do massacre, Ryan Christopher Palmeter, suicidou-se em seguida. O xerife local, T.K. Waters, disse que o ato teve motivação racial. Autoridades afirmam que o autor deixou vários manifestos à mídia, aos seus pais e às forças de segurança, detalhando seu ódio por negros. Os crimes de ódio subiram 12% nos EUA em 2021, o último ano com dados disponíveis, de acordo com o FBI. A vice-presidente, Kamala Harris, alertou que “há aqueles que intencionalmente tentam nos dividir como nação”. Os norte-americanos, segundo ela, “possuem o dever de não deixar que facções destruam a nossa unidade”. Biden conversou com o prefeito de Jacksonville e o xerife sobre o massacre, de acordo com assessores.
“Há um grupo de extremistas tentando apagar a história”, afirmou o presidente, em referência a tentativas do governador da Flórida, Ron DeSantis, de mudar como a escravidão é ensinada nas escolas. Críticos dizem que o intuito da medida é tentar diminuir a brutalidade sofrida pelos escravos naquela época. (Reportagem de Steve Holland e Jarrett Renshaw)