Tanques israelenses avançam ainda mais em Gaza após apelo de Biden por paz
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Por Nidal al-Mughrabi
CAIRO (Reuters) - As forças israelenses se aprofundaram em áreas do centro e do sul da Faixa de Gaza enquanto lutavam contra os combatentes do Hamas, e as autoridades de saúde palestinas disseram na quinta-feira que os ataques israelenses mataram pelo menos 22 pessoas em todo o enclave.
A nova escalada ocorre horas depois que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pressionou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sobre a urgência de fechar um acordo para uma trégua em Gaza e a libertação dos reféns, informou a Casa Branca.
Meses de conversações ininterruptas sobre um cessar-fogo têm girado em torno das mesmas questões, mas Israel e o Hamas mantiveram-se firmes em suas exigências.
Na cidade de Beit Lahiya, ao norte de Gaza, um ataque a uma casa matou 11 pessoas, enquanto outro matou seis, incluindo um jornalista local, em uma casa no campo de Al-Maghazi, na região central da Faixa de Gaza, segundo médicos. Outras cinco pessoas foram mortas em ataques separados no sul.
Os militares israelenses disseram que suas forças intensificaram as operações em Deir Al-Balah, no centro de Gaza, e em Khan Younis, no sul, desmantelando dezenas de estruturas militares, localizando foguetes e matando militantes nas últimas 24 horas.
Acrescentaram que as forças mataram 50 militantes na área de Rafah, no extremo sul do enclave, no último dia.
Uma ligação telefônica entre Biden e Netanyahu no final da quarta-feira seguiu-se a uma viagem turbulenta à região pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que terminou na terça-feira sem produzir um avanço sobre a guerra de 10 meses.
O Hamas quer um acordo que acabe com a guerra em Gaza e liberte os reféns israelenses e estrangeiros em Gaza, em troca da liberdade de muitos palestinos presos por Israel. O grupo culpa Israel e os Estados Unidos pelo fracasso em fechar um acordo.
Netanyahu diz que a guerra só terminará quando o Hamas for derrotado, e que um cessar-fogo para permitir a troca de reféns e prisioneiros seria apenas uma pausa temporária enquanto o grupo militante continuar sendo uma ameaça.
Escrito por Reuters
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