Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Taxas futuras de juros sobem em dia negativo para ativos brasileiros em meio à guerra de tarifas

Placeholder - loading - Notas de 200 reais 02/09/2020. REUTERS/Adriano Machado
Notas de 200 reais 02/09/2020. REUTERS/Adriano Machado
Ver comentários

Publicada em  

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos DIs fecharam a quinta-feira em alta, em especial entre os contratos com prazos mais longos, em uma sessão marcada por novos dados econômicos dos EUA e do Brasil e contaminada pela guerra tarifária desencadeada pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

Após os ativos brasileiros terem reagido positivamente na véspera à pausa por 90 dias da cobrança de algumas tarifas pelos EUA, nesta quinta eles foram penalizados, acompanhando as quedas das bolsas e das commodities no exterior, além do avanço do dólar ante moedas como o real.

No fim da tarde desta quinta-feira a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2026 -- um dos mais líquidos no curto prazo -- estava em 14,795%, em leve baixa de 2 pontos-base ante o ajuste de 14,817% da sessão anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2027 marcava 14,53%, ante o ajuste de 14,487%.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 14,76%, ante 14,56% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 14,89%, em alta de 16 pontos-base ante 14,674%.

Pela manhã, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que o índice de preços ao produtor (CPI, na sigla em inglês) caiu 0,1% em março, depois de ter subido 0,2% em fevereiro. Nos 12 meses até março, o índice avançou 2,4%, de 2,8% em fevereiro. Economistas consultados pela Reuters previam altas mensal de 0,1% e anual de 2,6%.

Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o volume de serviços teve em fevereiro alta de 0,8%, devolvendo a contração de 0,6% em janeiro. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o volume registrou ganho de 4,2%. Os resultados ficaram acima das expectativas em pesquisa da Reuters, de altas de 0,1% no mês e de 3,3% no ano.

“Os dados econômicos têm tido um pouco menos de peso em função da influência das tarifas, mas os números foram bem importantes hoje. O CPI veio abaixo do esperado, e embora ele seja insuficiente para o Federal Reserve tomar qualquer decisão sobre juros, não deixa de ser uma boa notícia”, comentou Laís Costa, analista da Empiricus Research, chamando atenção para a queda dos rendimentos dos Treasuries mais cedo.

“No Brasil é o contrário, porque a atividade está forte, como mostraram os dados de hoje. De todo modo, estamos flutuando muito ao redor do que será ou não a tarifa dos EUA”, acrescentou.

Como na véspera a sessão foi marcada por queda firme do dólar ante o real e por uma desaceleração forte das taxas futuras, na esteira da pausa nas tarifas, nesta quinta o dia foi de ajustes de alta para o dólar ante o real e de elevação das taxas dos DIs, em especial na ponta mais longa da curva.

O movimento refletiu a percepção de que, apesar do adiamento, o cenário de guerra comercial entre Estados Unidos e China -- os dois principais combatentes neste momento -- não será necessariamente positivo para o Brasil. No mercado internacional o petróleo caía em torno de 3% e o farelo de soja cedeu mais de 1% -- ambos produtos importantes para a pauta exportadora brasileira.

Internamente, a informação de que a proposta do governo Lula de reestruturação do setor elétrico, que deverá chegar ao Congresso no primeiro semestre, terá uma medida que amplia a gratuidade da conta de energia, não foi bem recebida pelos agentes. À tarde o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou conter as preocupações ao afirmar que não há estudo em andamento, na Pasta ou na Casa Civil, sobre o programa.

“O que não impede, evidentemente, o ministério de estudar o que quer que seja, mas nesse momento não há nada tramitando', acrescentou.

Novamente em uma sessão bastante volátil, a taxa do DI para janeiro de 2023 oscilou entre a mínima de 14,65% (-8 pontos-base ante o ajuste) às 9h33 e uma máxima de 14,89% (+16 pontos-base) às 10h14.

“Precisa tomar cuidado nestes dias de estresse agudo, porque os movimentos são muito violentos, tanto na ida quanto na volta”, comentou pela manhã o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala. “De repente vem uma notícia, como a de ontem, que muda completamente o debate. (Mas) claro que a situação (da guerra de tarifas) não está resolvida”, acrescentou.

Em meio ao cenário incerto, o mercado segue dividido sobre as próximas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para a taxa Selic, hoje em 14,25%.

Na quarta-feira -- atualização mais recente -- o mercado de opções de Copom da B3 precificava 58,00% de probabilidade de alta de 50 pontos-base da Selic em maio (ante 60,50% na véspera), 13,00 de chances de manutenção (10,00% na véspera) e 12,50% de possibilidade de elevação de 25 pontos-base (14,00% na véspera).

No fim da tarde, o mercado de Treasuries mostrava maior acomodação na comparação com os últimos dias, quando a forte venda de títulos fez as taxas dispararem. Às 16h52, o rendimento do Treasury de dez anos -- referência global para decisões de investimento -- estava estável em 4,394%. Já o retorno do título de dois anos -- que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo -- tinha queda de 11 pontos-base, a 3,835%.

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

Placeholder - loading - Imagem da notícia ELISABETE FRANÇA REVELA OS PRÓXIMOS PASSOS DO FUTURO URBANO DE SÃO PAULO

ELISABETE FRANÇA REVELA OS PRÓXIMOS PASSOS DO FUTURO URBANO DE SÃO PAULO

Neste fim de semana, São Paulo dá um importante passo na construção de seu futuro urbano com a realização da 8ª Conferência Municipal da Cidade. A iniciativa, que segue diretrizes do Governo Federal, busca reunir propostas da população paulistana para compor a pauta da Conferência Estadual — e, futuramente, da Nacional. Em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1, a secretária municipal de Urbanismo e Licenciamento, Elisabete França, compartilhou detalhes do processo participativo que vem sendo desenvolvido desde o início do ano e também falou sobre o futuro do Jockey Club, um dos pontos mais emblemáticos e disputados da cidade.

Segundo a secretária, a etapa municipal é fruto de um processo democrático e descentralizado, com 15 encontros regionais realizados aos sábados, nos quais foram reunidas mais de 600 propostas populares.

“Achei os encontros regionais riquíssimos, muito bacanas. Fiquei muito feliz, participei de quase todos”, afirmou.

As demandas mais recorrentes? Meio ambiente, habitação, mobilidade e participação popular?

“A população clama por mais áreas verdes, melhor preservação das árvores, mais parques e qualidade do ar. Nesse ponto, neste ano especial da COP30, foi muito importante”, disse a secretária.

Habitação, especialmente para famílias de baixa renda, liderou o volume de propostas. E, na mobilidade, destaque para segurança no transporte público e iluminação nas vias, com foco especial na segurança das mulheres.

16 H
  1. Home
  2. noticias
  3. taxas futuras de juros sobem …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.