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Taxas futuras de juros sobem no Brasil após EUA confirmarem nova tarifa contra a China

Placeholder - loading - Notas de 200 reais 02/09/2020. REUTERS/Adriano Machado
Notas de 200 reais 02/09/2020. REUTERS/Adriano Machado
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Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos DIs voltaram a subir nesta terça-feira, novamente acompanhando o avanço firme do dólar ante o real e a alta dos rendimentos dos Treasuries com prazos mais longos, após os Estados Unidos confirmarem novo ataque tarifário à China.

No fim da tarde a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2026 -- um dos mais líquidos no curto prazo -- estava em 14,745%, ante o ajuste de 14,675% da sessão anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2027 marcava 14,315%, ante o ajuste de 14,207%.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 14,55%, em alta de 13 pontos-base ante 14,418% do ajuste anterior, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 14,67%, ante 14,545%.

Estados Unidos e China seguiram no centro das atenções dos mercados.

Na quarta-feira passada o presidente Donald Trump havia anunciado uma tarifa de 34% sobre os produtos chineses, o que gerou uma retaliação do país asiático na sexta-feira, com tarifação também de 34% sobre os produtos norte-americanos.

Na sequência, Trump disse que imporia taxa adicional de 50% sobre as importações vindas da China, se Pequim não desistisse dos 34%. Como a China se recusou a ceder, os EUA anunciaram uma taxa de 104% aos produtos chineses a partir de quarta-feira.

A confirmação da nova taxa à China ampliou a alta do dólar em relação a moedas de exportadores de commodities, como o real, e deu novo impulso às taxas dos Treasuries no exterior. No Brasil, isso se refletiu no avanço firme das taxas dos DIs.

“Os últimos dias têm sido bem intensos e voláteis, frente ao processo de tarifas que Trump tem aplicado. Os juros lá fora despencaram (em sessões anteriores), depois subiram novamente, o que mostra que os agentes olham para o cenário, mas que não tomaram uma decisão”, destacou Gabriel Redivo, sócio e diretor de gestão da Aware Investments.

“Hoje o mercado abriu um pouco mais otimista, mas próximo do meio-dia Trump anunciou que vai tarifar mais a China”, acrescentou, ao justificar o avanço das taxas futuras no Brasil.

Às 16h14, já na reta final da sessão regular, a taxa do DI para janeiro de 2031 atingiu a máxima de 14,58%, em alta de 16 pontos-base ante o ajuste da véspera.

“Esperava-se que a China fosse negociar, mas ela veio com retaliação, o que gerou muito estresse”, avaliou Vitor Oliveira, sócio da One Investimentos.

“Em um cenário incerto como este, o investidor vai para a moeda forte (dólar), o que acaba puxando o nosso DI, que também acompanha as (taxas dos) Treasuries, que hoje voltaram a bater nos 4,20%”, completou.

Em meio às incertezas, os investidores seguem divididos quanto aos próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em relação à Selic, hoje em 14,25% ao ano.

Na segunda-feira -- atualização mais recente -- o mercado de opções de Copom da B3 precificava 58% de probabilidade de alta de 50 pontos-base da Selic em maio (ante 58,50% na véspera) e 18,50% de chances de elevação de 25 pontos-base (19,50% na véspera), contra apenas 4,50% de probabilidade de alta de 75 pontos-base (5,00% na véspera).

Para o encontro seguinte do Copom, em junho, as opções de Copom precificavam na segunda-feira 38,50% de probabilidade de manutenção da Selic (40,00% na véspera) e 33,00% de chances de alta de 25 pontos-base (mesmo percentual na véspera).

No exterior os rendimentos dos Treasuries com prazos mais longos seguiam em alta firme neste fim de tarde, respondendo a fatores como a venda de títulos por agentes para cobrir perdas em outros ativos, o leilão fraco do Tesouro dos EUA e a expectativa de que alguns acordos sobre tarifas possam ser fechados.

Às 16h35, o rendimento do Treasury de dez anos --referência global para decisões de investimento-- subia 9 pontos-base, a 4,245%. Já o retorno do Treasury de dois anos--que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo-- tinha queda de 5 pontos-base, a 3,69%.

Escrito por Reuters

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ELISABETE FRANÇA REVELA OS PRÓXIMOS PASSOS DO FUTURO URBANO DE SÃO PAULO

Neste fim de semana, São Paulo dá um importante passo na construção de seu futuro urbano com a realização da 8ª Conferência Municipal da Cidade. A iniciativa, que segue diretrizes do Governo Federal, busca reunir propostas da população paulistana para compor a pauta da Conferência Estadual — e, futuramente, da Nacional. Em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1, a secretária municipal de Urbanismo e Licenciamento, Elisabete França, compartilhou detalhes do processo participativo que vem sendo desenvolvido desde o início do ano e também falou sobre o futuro do Jockey Club, um dos pontos mais emblemáticos e disputados da cidade.

Segundo a secretária, a etapa municipal é fruto de um processo democrático e descentralizado, com 15 encontros regionais realizados aos sábados, nos quais foram reunidas mais de 600 propostas populares.

“Achei os encontros regionais riquíssimos, muito bacanas. Fiquei muito feliz, participei de quase todos”, afirmou.

As demandas mais recorrentes? Meio ambiente, habitação, mobilidade e participação popular?

“A população clama por mais áreas verdes, melhor preservação das árvores, mais parques e qualidade do ar. Nesse ponto, neste ano especial da COP30, foi muito importante”, disse a secretária.

Habitação, especialmente para famílias de baixa renda, liderou o volume de propostas. E, na mobilidade, destaque para segurança no transporte público e iluminação nas vias, com foco especial na segurança das mulheres.

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