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Teich diz que escolheu sair e que saúde precisa de união com Estados e municípios

Placeholder - loading - Teich durante pronunciamento sobre saída do Ministério da Saúde  15/5/2020 REUTERS/Adriano Machado
Teich durante pronunciamento sobre saída do Ministério da Saúde 15/5/2020 REUTERS/Adriano Machado
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Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, disse nesta sexta-feira que escolheu sair do governo e lembrou que a administração da saúde pública é tripartite, incluindo os Estados e municípios, com quem o presidente Jair Bolsonaro tem travado disputa há meses devido às medidas de isolamento social do coronavírus.

Depois de apenas 28 dias como ministro da Saúde, Teich falou por cerca de cinco minutos e não disse o motivo pelo qual decidiu sair do governo, mas passou alguns recados.

'A vida é feita de escolhas, e hoje eu decidi sair', disse ao abrir seu pronunciamento.

Teich foi chamado ao Palácio do Planalto na manhã desta sexta-feira, para um encontro fora da agenda, em que o presidente Jair Bolsonaro insistiu, mais uma vez, na mudança do protocolo para aconselhar o uso da cloroquina no início dos sintomas, como queria Bolsonaro. O ministro se recusou.

Ao contrário de seu antecessor, Teich foi discreto na sua fala de despedida. Mas lembrou que a administração da Saúde é dividida com Estados e municípios e esse trabalho conjunto é essencial.

'O Ministério da Saúde vê isso (o trabalho conjunto) como algo absolutamente verdadeiro e essencial para conduzir este país, tanto na parte estratégica quanto na parte de execução. Esse é o momento em que o país luta pela saúde, pelo Brasil. Mas aqui eu realço a participação do ministério, do Conass (Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde) e do Conasems (Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde)', disse Teich.

Desde o começo da epidemia de coronavírus no país, Bolsonaro tem estado em guerra abertas com governadores e também com prefeitos, a quem responsabiliza por terem decretado fechamento do comércio e empresas em políticas de isolamento social. Ao demitir Luiz Henrique Mandetta, o presidente queria rever duas posições do então ministro: o uso da cloroquina e o fim do isolamento social.

Teich, apesar de não ser tão vocal quanto Mandetta, não aceitou nenhuma delas. O plano de transição para o isolamento social, preparado pelo ministro, traçava cenários para o fim do isolamento que deveriam ser usados pelos Estados e municípios, mas ele mesmo indicou que em alguns locais deveria haver medidas ainda mais restritivas.

'Deixo um plano de trabalho, um plano pronto, para auxiliar os secretários municipais, os secretários estaduais, os prefeitos e governadores a tentar entender o que está acontecendo e definir os próximos passos', disse.

'Aqui a gente entrega quais são os pontos que têm que ser avaliados, quais são os itens que são críticos e que se a gente não consegue ter precisam ser encontrados, e auxilia no entendimento do momento da tomada de decisão', acrescentou o agora ex-ministro.

Criticado ao tomar posse por não ter falado do Sistema Único de Saúde (SUS), Teich fez questão agora de lembrar sua formação, desde a escola, faculdade pública, residência e trabalho em hospitais federais, e agradeceu a Bolsonaro a oportunidade de ter trabalhado no ministério.

'Eu fui criado pelo sistema público', disse. 'Eu não aceitei o convite pelo cargo, aceitei porque achei que podia ajudar o Brasil e ajudar as pessoas.'

Teich lembrou ainda suas visitas a algumas das cidades mais afetadas pela epidemia - algo que o presidente não fez ainda - e agradeceu aos trabalhadores da saúde.

'Isso foi fundamental, é fundamental estar na ponta e foi fundamental estar com essas pessoas, entender o que acontece no dia a dia', afirmou.

'Aqui eu agradeço aos profissionais de saúde mais uma vez. Quando você vai na ponta você vê o que é o dia a dia dessas pessoas, você se impressiona. A dedicação dessas pessoas, correndo riscos o tempo todo ao lado dos pacientes, é uma coisa espetacular.'

Escrito por Reuters

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ELISABETE FRANÇA REVELA OS PRÓXIMOS PASSOS DO FUTURO URBANO DE SÃO PAULO

Neste fim de semana, São Paulo dá um importante passo na construção de seu futuro urbano com a realização da 8ª Conferência Municipal da Cidade. A iniciativa, que segue diretrizes do Governo Federal, busca reunir propostas da população paulistana para compor a pauta da Conferência Estadual — e, futuramente, da Nacional. Em entrevista exclusiva à Rádio Antena 1, a secretária municipal de Urbanismo e Licenciamento, Elisabete França, compartilhou detalhes do processo participativo que vem sendo desenvolvido desde o início do ano e também falou sobre o futuro do Jockey Club, um dos pontos mais emblemáticos e disputados da cidade.

Segundo a secretária, a etapa municipal é fruto de um processo democrático e descentralizado, com 15 encontros regionais realizados aos sábados, nos quais foram reunidas mais de 600 propostas populares.

“Achei os encontros regionais riquíssimos, muito bacanas. Fiquei muito feliz, participei de quase todos”, afirmou.

As demandas mais recorrentes? Meio ambiente, habitação, mobilidade e participação popular?

“A população clama por mais áreas verdes, melhor preservação das árvores, mais parques e qualidade do ar. Nesse ponto, neste ano especial da COP30, foi muito importante”, disse a secretária.

Habitação, especialmente para famílias de baixa renda, liderou o volume de propostas. E, na mobilidade, destaque para segurança no transporte público e iluminação nas vias, com foco especial na segurança das mulheres.

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