Tesla e Arábia Saudita negociam construção de fábrica de veículos elétricos, diz WSJ
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(Reuters) - A Arábia Saudita está em negociações iniciais com a montadora elétrica norte-americana Tesla para estabelecer uma fábrica no país, informou o Wall Street Journal nesta segunda-feira, citando fontes familiarizadas com o assunto.
A notícia surgiu poucas horas depois de o presidente turco, Tayyip Erdogan, pedir ao presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, para construir uma fábrica de veículos elétrico na Turquia, de acordo com a Secretaria de Comunicações do país.
Musk também se encontrou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Califórnia, nesta segunda-feira.
Ele negou a reportagem do WSJ em uma publicação na plataforma de mídia social X, enquanto o fundo soberano da Arábia Saudita, o Fundo de Investimento Público, se recusou a comentar.
A Arábia Saudita tem cortejado a Tesla com o direito de comprar certas quantidades de metais e minerais que a empresa precisa para seus veículos elétricos de alguns países, incluindo a República Democrática do Congo, disse o WSJ.
O reino vem tentando afastar sua economia do petróleo, enquanto seu fundo soberano é o investidor majoritário da Lucid, uma das startups de veículos elétricos que busca desafiar o domínio da Tesla no setor.
Uma das propostas que o reino está considerando envolve a extensão do financiamento para a Trafigura, negociadora de commodities, para um projeto de cobalto e cobre no Congo que poderá ajudar a fornecer suprimentos para a Tesla, segundo o WSJ.
Um porta-voz da Trafigura disse que a empresa está analisando suas opções para o projeto Mutoshi, no Congo, em meio a custos crescentes e preços de cobalto persistentemente baixos.
Musk disse em maio que a montadora provavelmente escolherá um local para uma nova fábrica até o final de 2023. Atualmente, a empresa tem seis unidades e está construindo uma sétima no México.
A Tesla tem a meta de vender 20 milhões de veículos por ano até 2030, em comparação com cerca de 1,3 milhão em 2022.
(Reportagem de Samrhitha Arunasalam, Arpan Varghese e Rachna Uppal)
Escrito por Reuters
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