Thyssenkrupp vai cortar 11 mil empregos em divisão de aço diante de reestruturação
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Por Tom Käckenhoff e Friederike Heine
DUESSELDORF (Reuters) - A divisão de aço da Thyssenkrupp planeja cortar cerca de 40% da sua força de trabalho nos próximos anos, anunciou a companhia nesta segunda-feira, em mais uma reestruturação dolorosa de um gigante industrial alemão, com os trabalhadores prometendo forte resistência.
A maior siderúrgica da Alemanha, uma divisão da Thyssenkrupp AG, está sob pressão de rivais asiáticos mais baratos, preços de energia altos e uma economia global enfraquecida, o que resultou em prejuízos operacionais em quatro dos últimos cinco anos.
No âmbito da reestruturação, a Thyssenkrupp Steel Europe (TKSE), que tem uma força de trabalho de 27.000 pessoas, anunciou que cortará 11.000 empregos no total -- sendo 5.000 até 2030 e outros 6.000 por meio de cisões ou desinvestimentos.
O objetivo é reduzir os custos com pessoal em cerca de 10% em média nos próximos anos.
'São necessárias medidas urgentes para melhorar a produtividade e a eficiência operacional da Thyssenkrupp Steel e alcançar um nível de custo competitivo', afirmou a empresa em comunicado.
Sob o plano, a fábrica da TKSE em Kreuztal-Eichen, que emprega 500 pessoas, será fechada.
A empresa também espera vender sua participação em outra planta em Duisburg -- embora, se essa venda não for possível, a TKSE declarou que conversará com outros acionistas sobre cenários de fechamento.
A Thyssenkrupp Steel afirmou que deseja se adaptar às 'expectativas futuras do mercado', reduzindo a capacidade de produção de 11,5 milhões de toneladas por ano para entre 8,7 milhões e 9 milhões de toneladas.
'Quem quer cortar mais de 11.000 empregos e fechar uma instalação deve esperar uma resistência feroz da IG Metall', disse Knut Giesler, chefe do sindicato IG Metall na Renânia do Norte-Vestfália, coração industrial da Alemanha e estado natal da Thyssenkrupp.
As raízes da empresa na produção de aço remontam ao início do século 19.
O ministro alemão da Economia, Robert Habeck, disse que o aço fabricado na Alemanha deve ser protegido, ao mesmo tempo em que reafirmou o compromisso da Alemanha em garantir o futuro do setor com uma produção mais ecológica.
'Estamos comprometidos com essa transição (para uma produção mais ecológica). É importante que o aço também seja produzido no futuro', disse Habeck em resposta aos cortes planejados.
Escrito por Reuters
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