Trabalhista Corbyn diz que premiê britânica não cedeu o suficiente no Brexit
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Por Elizabeth Piper e Kylie MacLellan e William James
LONDRES (Reuters) - O líder do Partido Trabalhista, sigla britânica de oposição, Jeremy Corbyn, disse nesta quarta-feira que a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, não fez concessões suficientes durante as conversas para romper o impasse sobre a separação de seu país da União Europeia.
O Reino Unido deveria ter saído da UE na sexta-feira, mas, quase três anos depois de os britânicos votarem a favor do Brexit em um referendo, ainda não está claro como, quando ou mesmo se o país deixará o bloco ao qual se uniu em 1973.
Como seu acordo de saída foi rejeitado três vezes pelos parlamentares, May convidou o veterano socialista Corbyn para conversar no Parlamento e tentar superar a crise.
'Não houve tanta mudança quanto eu esperava', disse Corbyn, de 69 anos. 'O encontro foi útil, mas inconclusivo.'
Indagado se May aceitou sua preferência por uma união alfandegária pós-Brexit com a UE, ele respondeu: 'Nós tivemos uma conversa sobre tudo isso.'
Corbyn está sendo pressionado por alguns correligionários a não aceitar um acordo para o Brexit sem a certeza de que ele pode ser confirmado ou rejeitado em um novo referendo que também ofereça a opção de continuar na UE.
'Eu disse: 'veja, é uma diretriz do nosso partido que gostaríamos de buscar uma opção de uma votação pública para evitar sair à força ou evitar sair com um acordo ruim'', disse. 'Não se chegou a um acordo sobre isso. Só colocamos isso como uma das questões lá.'
Um porta-voz da premiê disse que a reunião, que durou uma hora e 40 minutos, foi 'construtiva, já que os dois lados mostraram flexibilidade e comprometimento para encerrar a atual incerteza sobre o Brexit'.
'Combinamos um programa de trabalho de forma a atender o povo britânico, protegendo os empregos e a segurança', acrescentou.
O aceno de May a Corbyn, cujo partido tem 245 dos 650 parlamentares, oferece uma saída possível para a premiê garantir uma maioria para um acordo de saída agora que busca um segundo adiamento curto para o Brexit.
Mas alguns trabalhistas viram sua manobra como uma armadilha concebida para obrigar seus próprios parlamentares a apoiarem seu pacto três vezes rejeitado, ou como uma forma de transferir parte da responsabilidade pelas dificuldades do Brexit ao Partido Trabalhista.
(Reportagem adicional de Andrew MacAskill, Kate Holton, Paul Sandle, Alistair Smout, Costas Pitas, Andy Bruce e Stephen Addison, Elisabeth O'Leary e David Milliken)
Escrito por Thomson Reuters
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