Trading de commodities Cargill planeja cortar cerca de 8.000 empregos
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Por Amy Lv e Naveen Thukral e Tony Munroe
(Reuters) - A trading global Cargill disse nesta terça-feira que planeja cortar cerca de 5% de sua equipe, ou cerca de 8.000 empregos, depois que a receita caiu no ano fiscal mais recente conforme os preços das safras atingiram mínimas de vários anos.
As tradings agrícolas, incluindo a Cargill, que tem capital fechado, estão sob pressão, uma vez que os preços de commodities como trigo, milho e soja caíram para níveis próximos de mínimas de quatro anos e as margens de processamento das safras diminuíram.
A maior parte dos cortes de empregos na Cargill ocorrerá este ano, disse o presidente e CEO da empresa, Brian Sikes, em um memorando visto pela Reuters na terça-feira.
'Eles se concentrarão na simplificação de nossa estrutura organizacional, removendo camadas, expandindo o escopo e as responsabilidades de nossos gerentes e reduzindo trabalho duplicado', disse Sikes no memorando.
A ação faz parte de uma mudança estratégica na empresa de quase 160 anos, disse a Cargill, quando questionada sobre o memorando.
'Infelizmente, isso significa reduzir nossa força de trabalho global em aproximadamente 5%', disse.
A Cargill, com sede em Minnesota, tem mais de 160.000 funcionários, o que implica que um corte de 5% na equipe atingiria cerca de 8.000 empregos.
A Cargill informou uma receita de 160 bilhões de dólares no ano fiscal de 2024, que terminou em maio, abaixo do recorde de 177 bilhões de dólares do ano anterior.
A Cargill não divulga declarações de lucros trimestrais, mas em um memorando visto pela Reuters em agosto, a empresa disse que menos de um terço de seus negócios atingiram metas de lucros no último ano fiscal.
Sikes disse que a empresa realizará uma reunião em 9 de dezembro para compartilhar mais informações sobre a reestruturação.
'Esta semana, para aqueles em países onde podemos nos comunicar imediatamente com os funcionários com funções afetadas, marcaremos reuniões para explicar os próximos passos', disse ele.
A reestruturação da Cargill ocorre no momento em que sua concorrente, a Archer-Daniels-Midland, também enfrenta desafios depois de descobrir irregularidades contábeis e, ao mesmo tempo, lidar com lucros mais fracos.
(Reportagem de Amy Lv em Pequim, Naveen Thukral e Tony Munroe em Cingapura)
Escrito por Reuters
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