Trump defende indicado à Suprema Corte e diz querer ouvir depoimento de acusadora
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Por Roberta Rampton e Lawrence Hurley
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu, nesta quarta-feira, seu indicado à Suprema Corte Brett Kavanaugh, dizendo ser difícil de imaginar que ele tenha cometido uma agressão sexual e que será lamentável se a mulher que o acusou não depor no Senado.
Trump se pronunciou um dia depois de os advogados de Christine Blasey Ford, professora universitária da Califórnia, dizerem que Christine só irá depor no Comitê Judiciário do Senado se o FBI investigar a alegação de que Kavanaugh a agrediu sexualmente em 1982, quando os dois eram estudantes do ensino médio em Maryland.
O FBI disse não estar investigando a questão. O pedido de Christine colocou em dúvida se uma audiência planejada pelo comitê para ouvir na segunda-feira depoimentos de Kavanaugh, que tem negado as acusações, e da própria Christine irá acontecer.
A alegação tem colocado em risco a indicação de Kavanaugh, um juiz conservador de um tribunal de apelações, uma vez que o Senado precisa confirmar indicados para cargos vitalícios da Suprema Corte dos Estados Unidos.
'Olha, se ela aparecer e fizer uma apresentação crível, isso será muito interessante e nós teremos que tomar uma decisão. Mas eu só posso dizer isso: ele é um homem tão excepcional, muito difícil para mim acreditar que qualquer coisa tenha acontecido', disse Trump a repórteres na Casa Branca.
'Se ela aparecer, seria maravilhoso. Se ela não aparecer, seria lamentável', acrescentou. 'Eu acho que ele é um homem extraordinário. Acho que ele é um homem de grande intelecto, como tenho dito, e ele tinha esse histórico impecável. Isso é uma coisa muito difícil para ele e sua família. E queremos acabar com isso', disse Trump.
(Reportagem de Roberta Rampton, Doina Chiacu e Lawrence Hurley)
Escrito por Thomson Reuters
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