Trump tentará adiar julgamento sobre documentos confidenciais
Publicada em
Por Andrew Goudsward e Andy Sullivan
FORT PIERCE, Estados Unidos (Reuters) - Os advogados de Donald Trump estarão no tribunal nesta sexta-feira para tentar adiar um julgamento sobre as acusações de que o ex-presidente dos Estados Unidos reteve ilegalmente documentos confidenciais após deixar o cargo, à medida que uma juíza federal discute se Trump deve enfrentar um júri antes da eleição presidencial de novembro.
Os advogados de Trump escreveram em um documento judicial na quinta-feira que ele não pode ter um 'julgamento justo' enquanto estiver concorrendo à Presidência. No entanto, em resposta a uma solicitação da juíza Aileen Cannon, a equipe jurídica de Trump propôs uma data de julgamento em 12 de agosto, o que estenderia o caso para após o fim das primárias republicanas.
O julgamento está atualmente agendado para 20 de maio. Espera-se que a audiência desta sexta-feira em um tribunal federal da Flórida esclareça o futuro do caso.
O advogado especial dos EUA Jack Smith, que é o procurador do caso, propôs uma data de início em 8 de julho, o que seria apenas uma semana antes da Convenção Nacional Republicana, na qual se espera que Trump seja nomeado o candidato presidencial do partido.
Trump tem tentado adiar todos os quatro julgamentos criminais que enfrenta para depois da eleição presidencial de 5 de novembro. Se ele vencer o pleito, estará em posição de encerrar esse caso e outro que foi apresentado sob jurisdição federal.
Essa estratégia tem produzido resultados.
Um julgamento deveria ter começado na segunda-feira sobre acusações federais de que Trump tentou ilegalmente anular sua derrota nas eleições de 2020 para o democrata Joe Biden, mas foi adiado indefinidamente enquanto a Suprema Corte dos EUA considera seu argumento de que ele não deveria ser processado por ações que tomou como presidente.
Trump apresentou um argumento semelhante de imunidade presidencial no caso dos documentos confidenciais.
Outro julgamento decorrente de suas tentativas de anular a eleição também está no limbo, pois um juiz da Geórgia considera se deve remover a promotora, que admitiu ter um caso amoroso com um advogado que contratou para o caso contra Trump e outros.
Até o momento, apenas um dos casos criminais pendentes de Trump deve ir a julgamento antes de novembro. Em 25 de março, será iniciada a seleção do júri em um tribunal estadual de Nova York, onde Trump enfrenta acusações de falsificação de registros comerciais para encobrir pagamentos ilegais a uma estrela pornô.
Na ação da Flórida, Trump enfrenta acusações de que manteve ilegalmente informações confidenciais após deixar a Casa Branca em janeiro de 2021 e enganou autoridades que tentaram recuperá-las.
Enquanto isso, Trump tem vencido uma série de disputas pela indicação presidencial republicana e pode conquistar a nomeação do partido já neste mês.
Escrito por Reuters
SALA DE BATE PAPO