TSE atende Forças Armadas e aprova teste de integridade das urnas com biometria
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BRASÍLIA (Reuters) - O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, nesta terça-feira, projeto-piloto que prevê teste de integridade de urnas eletrônicas com o uso da biometria, atendendo a uma sugestão das Forças Armadas.
A decisão foi tomada pela corte, por unanimidade, em meio a críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL), que é candidato à reeleição, ao sistema de votação por meio das urnas eletrônicas. Em segundo lugar nas pesquisas, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro fez acusações sem provas sobre fraudes, apesar de as urnas nunca terem sido violadas.
A novidade do projeto-piloto será o emprego de biometria de eleitores voluntários convidados no local de votação, uma vez que o teste de integridade já vinha sendo realizado nas últimas eleições.
'Nós sabemos que as eleições, em todas as suas etapas, seguem uma série de procedimentos, procedimentos esses, como todos nós já estamos, eu diria, cansados de repetir, procedimentos para garantir a total legitimidade, a total lisura das eleições. Um desses procedimentos é o teste de integridade', disse o presidente do TSE, ministro Alexandre Moraes, que apresentou a proposta de projeto piloto ao plenário.
'Recentemente, todos acompanharam, por sugestão das Forças Armadas na comissão de transparência eleitoral, se sugeriu que se fizesse esse teste de biometria', acrescentou Moraes, que já havia se manifestado a favor da proposta após um encontro com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, no mês passado.
O ministro explicou que o teste consiste no sorteio, um dia antes do pleito, de urnas que seriam destinadas à votação. Elas são retiradas para o teste de integridade, que irá comparar o resultado dessas urnas com o voto impresso, em procedimento filmado e auditado.
Parte dessas urnas, a partir da proposta aprovada nesta terça, será acionada a partir do uso da biometria de eleitores voluntários, o que não ocorria antes.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
Escrito por Reuters
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