TSMC pede a fornecedores para atrasarem entregas de equipamentos de chip, dizem fontes
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Por Sam Nussey e Fanny Potkin e Toby Sterling
TÓQUIO/CINGAPURA/AMSTERDÃ (Reuters) - A TSMC, de Taiwan, disse a seus principais fornecedores para atrasarem a entrega de equipamentos de fabricação de chips de alta qualidade, segundo duas fontes familiarizadas com o assunto.
A empresa, que está enfrentando atrasos em sua fábrica de chips de 40 bilhões de dólares nos Estados Unidos, tem como objetivo controlar os custos e reflete a crescente cautela da empresa sobre as perspectivas de demanda, disseram as fontes.
Atualmente, os fornecedores esperam que o atraso seja de curto prazo, disseram as fontes.
A TSMC disse que não comenta o que chamou de 'rumores de mercado'.
As empresas afetadas pela instrução de adiamento incluem a ASML, que fabrica equipamentos de litografia essenciais para a fabricação de chips de alta qualidade, disse uma das fontes.
Em uma entrevista à Reuters na semana passada, o presidente-executivo da ASML, Peter Wennink, disse que alguns pedidos de suas ferramentas de ponta foram adiados, sem dizer por quem, e que ele esperava que fosse uma questão de 'gerenciamento de curto prazo'.
A ASML, a empresa de tecnologia mais valiosa da Europa listada em bolsa, está operando em sua capacidade máxima e a previsão é de que as vendas totais cresçam 30% este ano.
'Tivemos vários artigos (de notícias) sobre a prontidão da fábrica. Não apenas no Arizona... mas também em Taiwan', disse Wennink à Reuters, referindo-se aos preparativos para a fabricação de chips.
DUPLO GOLPE
A gigante taiwanesa de chips não é a única a se preocupar com a possibilidade de que a recuperação da demanda demore mais do que o esperado.
A Apple, um dos principais clientes da TSMC, lançou uma nova série de iPhones esta semana que incluía um chip mais rápido, mas não aumentou os preços, refletindo a queda global dos smartphones.
A TSMC fabricava chips para a Huawei, mas suspendeu o fornecimento depois que Washington impôs sanções à empresa chinesa.
A TSMC previu em julho uma queda de 10% nas vendas de 2023 e uma queda de até 4% na margem operacional neste trimestre em relação ao trimestre anterior, citando a fraca demanda por smartphones e PCs e a incerteza sobre o mercado de inteligência artificial.
A fabricante de chips também está enfrentando despesas de capital elevadas, que aumentaram 21% para 36 bilhões de dólares no ano passado, devido aos planos de expansão colocados em prática durante o boom de chips impulsionado pela pandemia.
Em julho, a empresa estimou que os gastos com investimentos para este ano estariam no limite inferior de uma previsão anterior de 32 bilhões a 36 bilhões, e disse que esperava um aumento mais lento nos próximos anos.
Escrito por Reuters
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