Capa do Álbum: Antena 1
A Rádio Online mais ouvida do Brasil
Antena 1
Ícone seta para a esquerda Veja todas as Notícias.

Turbulência tarifária deixa investidores sem ter muito para onde ir

Placeholder - loading - Operadores na Bolsa de Valores de Nova York 07/04/2025 REUTERS/Brendan McDermid
Operadores na Bolsa de Valores de Nova York 07/04/2025 REUTERS/Brendan McDermid
Ver comentários

Publicada em  

Por Amanda Cooper e Yoruk Bahceli

LONDRES (Reuters) - Os investidores estão se desfazendo dos ativos dos Estados Unidos que normalmente preferem em tempos de turbulência, já que o medo do impacto econômico das tarifas recíprocas do presidente dos EUA, Donald Trump, abala a confiança em ativos vistos como portos seguros tradicionais.

O dólar e os títulos do Tesouro dos EUA sofreram uma queda com a entrada em vigor das tarifas de Trump, mais uma taxa de 104% sobre a China, enquanto a China rapidamente retaliou. Em contrapartida, os ativos 'portos seguros' favoritos, como o ouro e o franco suíço, continuam a atrair dinheiro.

O rápido aumento dos rendimentos do Tesouro dos EUA preocupou os investidores, que temem que isso possa ser uma venda forçada para cobrir as perdas do portfólio e uma corrida por dinheiro, reavivando as lembranças da turbulência do mercado da Covid-19.

Aqui está uma visão geral de como os ativos tradicionalmente considerados portos seguros têm se saído até agora durante a turbulência tarifária:

1/ DÓLAR FICA EM SEGUNDO PLANO

O dólar foi o primeiro a perder seu brilho depois que Trump anunciou as tarifas, quando caiu junto com os mercados de ações. Esse foi um movimento incomum que levantou questões sobre a posição global da moeda dos EUA, muitas vezes apelidada de 'Rei Dólar' por sua força e domínio nos mercados monetários globais.

O dólar caiu mais de 5% este ano em relação a uma cesta de outras moedas, depois de registrar seu início de ano mais fraco desde 2016, mostram os dados da LSEG.

O fato de o dólar não ter se beneficiado do aumento dos rendimentos do Tesouro dos EUA aumentou as preocupações dos investidores porque, até o momento, os retornos mais altos dos títulos do Tesouro em relação a outros mercados de títulos haviam impulsionado o apelo do dólar.

'O fato de o dólar não receber apoio dos rendimentos (mais altos) sugere que o dólar não é uma moeda porto seguro', disse Michael Metcalfe, chefe de estratégia macro da State Street Global Markets.

2/ FUGA DOS TÍTULOS

Inicialmente, os investidores correram para os títulos públicos devido ao aumento dos riscos de recessão, mas isso mudou rapidamente.

Depois de cair 26 pontos-base na semana passada, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos subiram mais de 40 pontos-base até o momento nesta semana. Os títulos de prazos mais longos são os mais atingidos, com os rendimentos de 30 anos subindo quase 50 pontos-base, o que representa o maior salto semanal desde o início da década de 1980. Os rendimentos dos títulos aumentam quando os preços caem.

Um índice de volatilidade do Tesouro subiu para seu maior valor desde o final de 2023.

Os rendimentos subiram mesmo quando os operadores precificam cortes mais rápidos nas taxas de juros dos EUA decididas pelo Federal Reserve, o que sugere um dumping deliberado dos títulos do Tesouro, em vez de uma venda motivada por mudanças nas expectativas econômicas. Isso se reflete em uma diferença cada vez maior entre os rendimentos do Tesouro e os swaps de taxas de juros, derivativos usados para hedge.

Michael Brown, estrategista sênior da Pepperstone, disse que isso aponta para uma real falta de desejo de manter os títulos do Tesouro.

'Resta saber se os agentes estão vendendo títulos do Tesouro para levantar dinheiro a fim de atender às suas necessidades de liquidez ou se isso é uma representação de como a confiança institucional nos EUA continuou a ser corroída.'

Os investidores também acreditam que o desenrolar de uma estratégia de negociação de arbitragem de fundos de hedge amplamente utilizada entre dinheiro e posições em futuros de títulos do Tesouro, conhecida como negociação de base, está contribuindo para esses movimentos do mercado.

A dor do mercado de títulos está se espalhando. No Reino Unido, os rendimentos dos títulos de 30 anos subiram para o valor mais alto desde 1998, pressionando as finanças sobrecarregadas do país.

3/ ERA DO OURO

O ouro tem uma longa história como ativo porto seguro.

Ele tende a subir em uma crise financeira ou política. A crise energética da década de 1970, a recessão de 1980 nos EUA, a crise financeira global de 2008 e a pandemia de Covid-19 de 2020 provocaram um aumento no ouro.

Desta vez, o ouro atingiu o recorde histórico de mais de US$3.000 a onça, tendo quase dobrado nos últimos dois anos e meio. Ele foi pego pelas vendas do mercado mais amplo na semana passada, com os investidores correndo para levantar dinheiro para cobrir perdas em outros lugares.

Mas o ouro subiu mais de 2% nesta quarta-feira, ficando pouco abaixo de seu pico recorde de US$ 3.167.

Os bancos centrais e os investidores, que adquiriram ouro como uma proteção contra o aumento da inflação após a pandemia da Covid, continuaram comprando mesmo quando a inflação diminuiu. E com as políticas comerciais isolacionistas de Trump em andamento, mais investidores estão comprando ouro para proteger seu patrimônio.

4/ DE VOLTA À MODA

O iene do Japão costuma ser a maior moeda importante a se beneficiar dos fluxos de moedas vistas como portos seguros e, em geral, tem um bom desempenho quando as ações vacilam.

Nesta quarta-feira, o iene teve seu melhor dia em relação ao dólar desde setembro e subiu 7,5% até o momento neste ano, enquanto outro favorito dos portos seguros, o franco suíço, se fortaleceu na mesma proporção.

5/ AÇÕES DEFENSIVAS

As ações geralmente estão na linha de frente em recessões e crises financeiras. Os investidores realizam lucros, retirando seu dinheiro enquanto correm para um abrigo. Mas a maioria não consegue abandonar totalmente o mercado acionário, portanto, quando os problemas surgem, eles se acumulam em ações com lucros à prova de recessão, como fabricantes de medicamentos, serviços públicos e alimentos e bebidas.

Nos últimos 25 anos, as chamadas ações defensivas superaram de forma consistente o desempenho das ações cíclicas que estão mais intimamente ligadas à economia global, como as ações de tecnologia ou mineração.

Embora ainda não haja sinais de recessão, uma cesta de ações defensivas globais caiu menos desde a vitória de Trump nas eleições de novembro do que uma cesta de ações cíclicas, refletindo a cautela dos investidores.

(Reportagem de Yoruk Bahceli, Amanda Cooper e Dhara Ranasinghe)

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

Placeholder - loading - Imagem da notícia EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

LINK

23 H
  1. Home
  2. noticias
  3. turbulencia tarifaria deixa …

Este site usa cookies para garantir que você tenha a melhor experiência.