Turquia prende pilotos em investigação sobre fuga de Ghosn por Istambul
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ISTAMBUL (Reuters) - A polícia turca prendeu sete pessoas, incluindo quatro pilotos, nesta quinta-feira, em uma investigação sobre como o ex-chefe da Nissan Carlos Ghosn passou por Istambul a caminho do Líbano depois de fugir do Japão, informou uma porta-voz da corporação à Reuters.
Segundo a porta-voz, os outros detidos são dois trabalhadores de solo de um aeroporto e um funcionário de transporte de carga, e os sete devem fazer declarações perante um tribunal nesta quinta-feira.
A imprensa informou que o Ministério do Interior da Turquia iniciou uma investigação sobre o trajeto de Ghosn. O ex-chefe da Nissan revelou na terça-feira que havia fugido para Beirute para escapar do que chamou de sistema judicial 'fraudulento' do Japão. [nL1N2950AE]
Pessoas familiarizadas com o assunto disseram à Reuters que Ghosn, um dos executivos mais conhecidos do mundo, chegou a Beirute em um jato particular que partiu de Istambul na segunda-feira.
O site de notícias Hurriyet, citando uma autoridade do Ministério do Interior, disse que a polícia de fronteira turca não foi notificada sobre a chegada de Ghosn e que nem sua entrada nem saída foram registradas.
Segundo o Hurriyet, o avião que levou Ghosn chegou às 5h30 da manhã de segunda-feira ao aeroporto de Ataturk, em Istambul, e os promotores ordenaram as prisões efetuadas nesta quinta-feira depois de ampliarem suas investigações.
Dados de rastreamento de voo sugerem que Ghosn usou dois aviões diferentes para voar para Istambul e depois para o Líbano.
As autoridades japonesas permitiram que Ghosn ficasse com um passaporte francês sobressalente em uma mala trancada enquanto estava sob fiança, disse a emissora pública NHK na quinta-feira.
O empresário, que tem cidadania francesa, libanesa e brasileira, foi retirado de Tóquio por uma empresa de segurança privada dias atrás, na conclusão de um plano elaborado durante três meses, disseram fontes à Reuters.
Ghosn foi preso pela primeira vez em Tóquio em novembro de 2018 e enfrenta quatro acusações, incluindo ocultação de renda e enriquecimento pessoal por meio de pagamentos a concessionárias de veículos no Oriente Médio. Ele nega as acusações.
(Reportagem adicional de Ali Kucukgocmen)
Escrito por Reuters
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