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Ucrânia: entenda o conflito com a Rússia e saiba como ajudar

O Dr. Manuel Nabais da Furriela fala sobre as origens das tensões entre Ucrânia e Rússia

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Por mais que um conflito armado tenha estourado apenas no fim de fevereiro deste ano, a tensão entre Rússia e Ucrânia existe há mais tempo do que se imagina. A Antena 1 convidou o Mestre em Direito Internacional, Reitor do Centro Universitário FMU e fundador da Comissão do Direito do Refugiado, Dr. Manuel Nabais da Furriela para explicar as origens das tensões entre Ucrânia e Rússia e a situação dos refugiados ucranianos.

Confira a linha do tempo abaixo:

  • Desde antes da formação da União Soviética, Rússia e Ucrânia faziam parte do mesmo território, mas quando o estado composto por 15 nações dissolveu-se, começaram os conflitos. “Havia um entendimento por parte da Rússia de que a Ucrânia deveria estar sob seu domínio, mas isso acabou não acontecendo, pois o parlamento ucraniano aprovou uma resolução de independência no começo da década de 1990”, explica Furriela.
Mapa da URSS
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  • Em 1994, foi feito um acordo entre as duas partes para resolver a existência de armas nucleares na Ucrânia, herdadas da URSS. Os armamentos foram, então, passados para a Rússia, com o compromisso do país aceitar a soberania ucraniana.
  • Durante os anos de 2013 e 2014, um governo pró-Rússia vigente na Ucrânia foi destituído por força de manifestações populares. No país, que até então tinha um projeto e o desejo de independência, mas a necessidade de manter relações próximas com a Rússia, começaram a ser eleitos governos pró-Europa. Os desgastes que já existiam entre as nações ganharam ainda mais força com a ocupação russa à Criméia.
  • Em 2019, foi eleito o atual presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, com discurso a favor da inserção do país na União Europeia e Otan - movimento muito desejado pela população. Neste momento, a tensão piorou pelo medo russo de governos não alinhados e de armamentos da Otan - aliança contra os interesses de Putin - em território ucraniano e nas suas fronteiras.
Volodymyr Zelensky
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  • Todas essas situações levaram à mais recente invasão ao território ucraniano. A Rússia baseou-se nos seguintes argumentos para justificar o ataque:
  • Afastar a Ucrânia da Otan
  • Proteger os russos que vivem nos territórios insurgentes

Rússia x Ucrânia: o conflito

De acordo com Furriela, a Rússia foi surpreendida por 3 situações assim que invadiu o território ucraniano:

Mapa do Conflito
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  1. A não queda do presidente ucraniano, que antes do conflito já estava com baixa popularidade. Após a invasão, porém, ele ganhou poder, uma vez que a população viu ele como uma liderança e dono de bons discursos e comunicação.
  2. A Rússia não esperava sanções internacionais tão severas, mesmo que já soubesse que viriam do ocidente.
  3. A Rússia acreditava que seria muito mais tranquila a ocupação, juntando um governo mais fraco e uma proximidade cultural, mas houve muita rejeição popular e o plano não ocorreu como o planejado. Assim, a potência acelerou a ocupação da Ucrânia, enviando mais tropas e recursos militares do que o imaginado. O objetivo final da Rússia é entrar numa negociação que acorde um compromisso da Ucrânia de não integrar a Otan.

A invasão tem os seguintes argumentos:

Porém, legalmente, não apenas Putin, como outros membros do governo russo e a própria Rússia podem ser condenados pelos últimos acontecimentos. Furriela explica que tribunais internacionais podem responsabilizar países, assim como julgar indivíduos.

Como remediar a situação?

“A ONU tomou uma decisão rara. Reuniu-se a assembleia geral da ONU em uma reunião extraordinária (convocada apenas em caso de emergência). Elas são tão raras que em toda a história das Nações Unidas, apenas 10 foram organizadas”, começa Furriela.

“Convocaram uma reunião emergencial extraordinária para discutir a ocupação, chamando todos os membros e levando à votação uma resolução, aprovada por ampla maioria dos países, que rejeitam a atual situação. A partir desse momento, a ONU tem 2 coisas a fazer: aproximar as partes e tentar fazer que se componham ou organizar internacionalmente atos de pressão sobre a Rússia.

“Outra ação poderia ser o Corredor Humanitário, com objetivo de levar itens básicos (comida e remédios) para a população que continuará dentro da Ucrânia, assim como ajudar os civis que fogem pelo corredor a se refugiarem em estados vizinhos”, continua o Mestre em Direito Internacional.

Corredor Ucraniano

Ainda segundo ele, um acordo entre as duas nações é improvável neste momento, uma vez que a possibilidade pode ser analisada sob três perspectivas:

1- Permissão de um Corredor Humanitário onde tanto a Ucrânia quanto a Rússia não fariam qualquer tipo de ataque - o que não tem sido respeitado.

2- Armistício = cessar fogo

3- Acordo de paz

O que acontece após o conflito?

Há dois principais cenários hipotéticos:

  • Supondo que o acordo envolva uma resolução pró-Rússia: o resto do mundo ficaria afastado do projeto e a Rússia responsável pela reconstrução da Ucrânia
  • No segundo cenário, a reconstrução da Ucrânia contaria com apoio ocidental, principalmente europeu, já preparando o país para fazer parte da União Europeia - o governo e a população querem isso.

Situação dos refugiados

“Há um mecanismo feito no próprio local, que é o que as organizações internacionais preparam. É regra geral que, por terra, os refugiados fogem para os países mais próximos. Assim estamos prestes a chegar a 1 milhão e meio de refugiados em 12 dias de conflitos, um número recorde em tão pouco tempo”, diz Furriela.

Ele também menciona a Polônia, a Romênia, a Eslováquia e a Moldávia como as nações que estão recebendo mais refugiados. Além disso, ele afirma que os países estão sendo muito solidários, assim como a União Europeia e a ACNUR - Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. Segundo ele, o apoio emergencial tem corrido bem, com atendimentos médicos e garantia de segurança e abrigo.

Caso o conflito não se resolva rapidamente e os refugiados não possam retornar à Ucrânia, a Europa pretende distribuí-los entre os outros países membros a fim de aliviar a pressão sobre os países de fronteira.

O reitor também enfatiza a importância do Brasil neste cenário, uma vez que a legislação do país trata com cuidado a questão dos refugiados, a lei dando respaldo à chegada dos ucranianos, uma vez que têm uma justificativa para a fuga.

Somado a isso, o governo brasileiro tomou uma decisão que facilita muito o recebimento dessas pessoas: a concessão de visto humanitário. Assim, os ucranianos não precisam pedir refúgio, sendo contemplados pelo visto e podendo permanecer no território com a proteção humanitária.

Como ajudar?

Manuel Furriela é enfático acerca da importância de doar para órgãos sérios e compromissados com o objetivo de ajudar a Ucrânia. Segue abaixo uma lista, com links de acesso:

Leia mais:

Um pedido de paz pela Ucrânia

UCRÂNIA E RÚSSIA CONCORDAM SOBRE CORREDORES HUMANITÁRIOS EM MEIO A AVANÇO DA GUERRA

Últimas Notícias

Placeholder - loading - Imagem da notícia SHOW DE LADY GAGA EM COPACABANA REPERCUTE NA IMPRENSA INTERNACIONAL

SHOW DE LADY GAGA EM COPACABANA REPERCUTE NA IMPRENSA INTERNACIONAL

Na noite de 3 de maio de 2025, Lady Gaga realizou um show gratuito histórico na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, reunindo entre 2,1 e 2,5 milhões de pessoas, segundo estimativas da organização. A apresentação tornou-se o maior espetáculo da carreira da artista e um dos maiores da história da música mundial.

Com esse feito, Gaga superou o público de Madonna no mesmo local em 2024 — estimado em cerca de 1,6 milhão —, mas ainda ficou atrás de Rod Stewart, que reuniu cerca de 3,5 milhões de pessoas na virada do ano de 1994 para 1995, também em Copacabana. Vale lembrar que o show de Stewart ocorreu no Réveillon carioca, evento que tradicionalmente atrai milhões de espectadores para a orla, o que contribuiu para os números históricos.

Operação “Fake Monster” Frustra Tentativa de Atentado

Horas antes do evento, a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça e Segurança Pública deflagraram a operação “Fake Monster”, que desmontou um plano de atentado com explosivos improvisados durante o show. Dois suspeitos foram detidos: um adulto no Rio Grande do Sul, por posse ilegal de armas, e um adolescente no Rio de Janeiro, investigado por armazenar pornografia infantil.

Segundo autoridades, o grupo envolvido promovia discurso de ódio, automutilação e violência contra a comunidade LGBTQIA+, além de recrutar jovens pela internet usando perfis falsos inspirados na fanbase da cantora. A ação policial foi mantida em sigilo até após o show para evitar pânico, e Lady Gaga só foi informada da ameaça depois da apresentação.

Repercussão Internacional: Público Histórico e Ameaça Frustrada Ganham Manchetes

A magnitude do show e a tentativa de atentado frustrada repercutiram fortemente na imprensa internacional, tanto pelo aspecto cultural quanto pelo risco evitado.

Sobre o show

O site da Billboard destacou:

“Lady Gaga realizou o maior show solo de sua carreira e o maior já feito por uma mulher na história da música mundial” (LINK).

A CNN International escreveu:

“O espetáculo gratuito de Gaga à beira-mar, com mais de 2 milhões de presentes, transformou Copacabana em uma rave global. Foi um tributo à diversidade, à inclusão e à força da música ao vivo.” (LINK)

O jornal britânico The Guardian afirmou:

“Lady Gaga fez história no Brasil com um dos maiores concertos já registrados. O público superou o de Madonna em 2024, consolidando o país como palco favorito das divas do pop.” (LINK)

Sobre a ameaça frustrada

A revista Vanity Fair destacou a operação com o título:

“Plano de bomba é frustrado antes de show histórico de Lady Gaga no Rio”, escrevendo: “Autoridades brasileiras identificaram uma célula online de extremistas que usavam identidades falsas para se infiltrar em comunidades de fãs. A ação foi rápida e silenciosa, impedindo o que poderia ter sido uma tragédia em massa.” (LINK)

O Pitchfork complementou:

“Os suspeitos mantinham perfis falsos inspirados em fãs de Gaga para atrair menores para ataques coordenados. A operação evitou o que poderia ser o pior ataque em um evento musical desde o atentado em Manchester, em 2017.” (LINK)

Já o tabloide britânico The Sun trouxe um tom mais emocional, destacando a fala da artista:

“Após saber da ameaça, Gaga teria chorado nos bastidores e dito: ‘O amor venceu outra vez. Obrigada, Brasil.’” (LINK)

Manifestação nas redes e comunicado oficial

Após o show, Lady Gaga usou suas redes sociais para agradecer o carinho do público brasileiro e, ao tomar conhecimento da ameaça frustrada, fez uma publicação emocionada:

“Brasil, eu não tenho palavras. Vocês me deram a noite mais linda da minha vida. Obrigada por me protegerem com tanto amor. Meu coração está com vocês para sempre. Amor vence.”

Horas depois, sua equipe divulgou um comunicado oficial sobre o incidente:

“A equipe da artista expressa profunda gratidão às autoridades brasileiras pela pronta e eficaz atuação. O bem-estar de todos os fãs é nossa prioridade máxima. Lady Gaga foi informada da ameaça somente após a apresentação, a fim de preservar a segurança do evento.”

Um Evento Histórico em Todos os Sentidos

Com um público recorde, um repertório repleto de hits e um cenário monumental à beira-mar, o show de Lady Gaga em Copacabana entrou para a história como um dos maiores eventos musicais já realizados. Ao mesmo tempo, a eficácia das forças de segurança brasileiras ao impedir um possível atentado mostra o grau de complexidade envolvido na organização de eventos dessa magnitude.

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