UE deve conceder novo adiamento do Brexit a premiê britânica, mas sob condições
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Por Elizabeth Piper e Gabriela Baczynska e Alastair Macdonald
BRUXELAS (Reuters) - A União Europeia vai conceder à primeira-ministra britânica, Theresa May, uma segunda extensão para o Brexit em uma cúpula emergencial nesta quarta-feira, mas os líderes vão debater uma prorrogação mais longa sob condições que impeçam futuros líderes britânicos de comprometerem o bloco.
No que Londres considerou uma humilhação nacional, May foi a Berlim e a Paris na véspera da cúpula para pedir à chanceler alemã, Angela Merkel, e ao presidente francês, Emmanuel Macron, que permitissem adiar a separação que deveria ter sido a 'libertação' britânica.
May solicitou que a UE adiasse a saída, prevista para sexta-feira, até 30 de junho, mas, em Bruxelas, uma 'prorrogação mais flexível' até o final do ano ou março de 2020 estava em discussão, disseram diplomatas da UE.
Essa alternativa permitiria que o Reino Unido deixasse a UE mais cedo se o impasse em torno do Brexit pudesse ser resolvido, embora a UE vá tentar estipular condições que impeçam qualquer sucessor de May de causar prejuízos à medida que a separação ocorre.
A França se opõe a uma extensão mais longa nesse ponto do processo, e, caso Londres queira uma, Macron pode exigir que May se comprometa juridicamente com uma garantia de que não irá causar problemas vetando decisões da UE.
Um rascunho das conclusões da cúpula visto pela Reuters disse que o Reino Unido receberá o novo prazo, mas sob certas condições. A data de saída estava em branco.
'O Reino Unido deve facilitar a realização das tarefas da União e abster-se de qualquer medida que possa comprometer a realização dos objetivos da União', diz o esboço.
Um longo atraso para o Brexit colocaria em dúvida todo o processo de separação, abrindo espaço para um segundo referendo e eleições, enquanto condições adversas provavelmente levariam a um final mais rápido para a premiê May.
Líderes europeus temem que uma saída sem acordo nesta sexta-feira, às 19h (horário de Brasília), assuste os mercados financeiros, prejudique a economia de 16 trilhões de dólares da UE e afete negativamente o comércio global.
'Na minha opinião, uma pequena extensão não traria muito', disse Detlef Seif, porta-voz da UE para o grupo parlamentar de Merkel. 'Não há apetite para voltar a um novo Conselho Europeu a cada seis semanas para decidir se renova a prorrogação.'
Escrito por Thomson Reuters
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