Universidade de Yale pede desculpas por seu papel na escravidão
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Por Kanishka Singh
WASHINGTON (Reuters) - A Universidade de Yale emitiu nesta sexta-feira um pedido de desculpas por sua ligação com a escravidão após vários anos de pesquisa e estudo que, segundo a universidade, foram realizados sobre seus laços com o comércio de escravos.
'Hoje, em nome da Universidade de Yale, reconhecemos o papel histórico de nossa universidade e suas associações com a escravidão, bem como o trabalho, as experiências e as contribuições das pessoas escravizadas para a história de nossa universidade, e pedimos desculpas pelas formas como os líderes de Yale, ao longo do curso de nossa história inicial, participaram da escravidão', disse a instituição educacional dos EUA em um comunicado.
Nos últimos anos, um número crescente de instituições tem se desculpado formalmente por seu papel histórico no comércio transatlântico de escravos. O desejo de confrontar os legados racistas nos EUA ganhou força em 2020 após a morte de George Floyd, um homem negro que foi morto por um policial de Mineápolis.
Desde outubro de 2020, os membros Projeto de Pesquisa sobre Yale e Escravidão realizaram pesquisas sobre as ligações com a escravidão pela universidade sediada em New Haven, Connecticut, tornando públicas suas descobertas.
'Embora não haja registros conhecidos de que a Universidade de Yale teve pessoas escravizadas, muitos dos fundadores puritanos de Yale possuíam pessoas escravizadas, assim como um número significativo dos primeiros líderes de Yale e outros membros proeminentes da comunidade universitária, e o Projeto de Pesquisa identificou mais de 200 dessas pessoas escravizadas', afirmou o comunicado.
'Reconhecer e pedir desculpas por essa história é apenas parte do caminho a seguir', acrescentou o comunicado.
Escrito por Reuters