Venezuelano Guaidó chega a Miami após visita surpresa à Colômbia
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BOGOTÁ (Reuters) - O ex-líder da oposição venezuelana Juan Guaidó chegou a Miami nesta terça-feira, após uma visita surpresa à Colômbia no dia anterior, onde esperava participar de uma cúpula internacional.
Guaidó chegou de forma inesperada à Colômbia na véspera da cúpula organizada pelo governo do presidente Gustavo Petro com o objetivo de reiniciar negociações paralisadas entre o governo da Venezuela e políticos da oposição venezuelana no México.
Ele embarcou em um avião na capital da Colômbia, Bogotá, na segunda-feira, poucas horas depois de dizer no Twitter que havia cruzado para a Colômbia a pé.
'Depois de 70 horas ou mais de viagem, ainda estou muito preocupado com minha família e equipe', disse Guaidó a jornalistas após chegar a Miami, referindo-se a ameaças recebidas.
Sua visita à Colômbia não foi bem recebida por algumas autoridades, e o ministro das Relações Exteriores do país, Álvaro Leyva, disse que Guaidó havia entrado no país andino de forma inadequada.
'A imigração colombiana levou Juan Guaidó, um venezuelano que chegou irregularmente a Bogotá, ao aeroporto El Dorado com o objetivo de garantir sua saída para os Estados Unidos em uma companhia aérea comercial', disse o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia na noite de segunda-feira, acrescentando que Guaidó havia comprado sua própria passagem.
Guaidó esperava ver membros de delegações internacionais organizadas pelo governo de Petro.
Ele pediu aos países participantes da cúpula de Bogotá nesta terça-feira para falar pelos venezuelanos no exílio, sendo efetivamente 'a voz que Maduro queria tirar de mim', disse ele.
O objetivo da conferência, que contará com a presença de representantes de 19 países e da União Europeia, é ajudar a retomar as negociações estagnadas no México entre o governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e políticos da oposição venezuelana.
Guaidó, um engenheiro industrial de 39 anos, liderou um governo interino paralelo a partir de janeiro de 2019, antes de ser substituído como chefe da legislatura da oposição no final de 2022.
(Reportagem de Oliver Griffin, Deisy Buitrago, Mayela Armas e Vivian Sequera)
Escrito por Reuters
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