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Votação de impeachment no Senado deve levar à absolvição de Trump

Placeholder - loading - Protesto pela saída de Trump em Times Square, Nova York 31/1/2020 REUTERS/Bryan R Smith
Protesto pela saída de Trump em Times Square, Nova York 31/1/2020 REUTERS/Bryan R Smith

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Por Susan Cornwell e David Morgan

WASHINGTON (Reuters) - Quatro meses depois de os democratas da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos iniciarem um inquérito de impeachment formal sobre os tratos do presidente Donald Trump com a Ucrânia, o Senado deve absolvê-lo das acusações de abuso de poder e obstrução do Congresso nesta quarta-feira.

O republicano Trump, o terceiro presidente da história dos EUA a ser afastado pela Câmara e julgado pelo Senado, enfrenta às 16h locais (18h em Brasília) uma votação que determinará se ele consegue concluir seu mandato ou se deve entregar o cargo imediatamente ao vice-presidente, Mike Pence.

A votação será histórica, mas há pouca dúvida do desfecho, já que nenhum dos 53 senadores republicanos disse que o condenará.

Seriam necessários 67 dos 100 senadores para tirar o 45º presidente do posto – uma ação que o Senado jamais adotou.

Em 1999, o presidente democrata Bill Clinton foi absolvido das acusações de mentir sob juramento e de obstruiu a Justiça, resultantes de um relacionamento sexual com uma estagiária da Casa Branca.

Em 1868, o presidente Andrew Johnson foi inocentado de 11 acusações que diziam respeito em parte a uma crise pós-Guerra Civil provocada pela demissão de seu secretário de Guerra.

Richard Nixon, o único presidente a renunciar, o fez em 1974 quando muitos de seus colegas republicanos o abandonaram durante um inquérito de impeachment da Câmara relacionado a uma invasão de escritórios do Partido Democrata em Washington.

Se Trump for absolvido, republicanos e democratas defenderão suas respectivas posições, enquanto Trump busca a reeleição em 3 de novembro.

Com duração de 21 dias, o julgamento de Trump no Senado analisou se ele reteve ajuda dos EUA à Ucrânia no verão local passado como forma de induzir Kiev a iniciar uma investigação do ex-vice-presidente Joe Biden, que disputa a indicação democrata para a eleição presidencial deste ano.

Trump negou qualquer irregularidade, e a maioria dos republicanos da Câmara e do Senado ficou ao seu lado, mas nos últimos dias alguns senadores republicanos criticaram o comportamento de Trump, ao mesmo tempo em que defenderam seu direito de permanecer na função.

Uma pesquisa Reuters/Ipsos realizada em 27 e 28 de janeiro mostrou que 39% dos adultos norte-americanos aprovam o desempenho de Trump no cargo e 55% desaprovam – um ligeiro recuo em relação ao momento em que a Câmara iniciou seu inquérito de impeachment, em setembro, quando sua aprovação estava em 43% e sua rejeição em 53%.

Escrito por Reuters

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