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Cuba é ditadura e tem de ser tratada como tal, diz Bolsonaro sobre voto do Brasil na ONU

Placeholder - loading - Presidente Jair Bolsonaro e chanceler Ernesto Araújo conversam durante fórum em São Paulo 10/10/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
Presidente Jair Bolsonaro e chanceler Ernesto Araújo conversam durante fórum em São Paulo 10/10/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
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Por Lisandra Paraguassu e Eduardo Simões

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que Cuba é uma ditadura e que precisa ser tratada desta forma, ao comentar a mudança na tradição diplomática brasileira com o voto contrário na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) contra uma resolução que condena e pede o fim do embargo dos Estados Unidos à ilha.

'Saiu notícia agora há pouco, conversei com o embaixador Ernesto Araújo ontem. Pela primeira vez o Brasil acompanhou os Estados Unidos na questão do embargo para Cuba', disse Bolsonaro em sua transmissão semanal em uma rede social.

'Então nós somos a favor do embargo para Cuba, afinal de contas, aquilo é uma democracia? Não é. É uma ditadura e tem que ser tratada como tal. O Brasil vai mudando a sua posição, mais à centro-direita', acrescentou o presidente.

Mais cedo, em sua conta no Twitter, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, defendeu a mudança na posição histórica da diplomacia brasileira como uma defesa da 'verdade' e disse que é hora de parar de 'bajular Cuba'.

'Nada nos solidariza com Cuba', escreveu o ministro em uma série de oito posts em sua conta no Twitter. 'Os países em desenvolvimento votam sempre a favor de Cuba. Desta vez o Brasil votou a favor da verdade.'

A resolução contra o embargo é apresentada todos os anos na Assembleia-Geral da ONU desde 1992 e, na verdade, argumenta que o embargo é contrário ao livre comércio e à livre navegação internacional.

Este ano, como nos anteriores, a resolução foi aprovada com votos favoráveis de países em desenvolvimento e países desenvolvidos --187 votos favoráveis no órgão que tem 193 membros. Apenas Estados Unidos, Israel e Brasil votaram contra, com Colômbia e Ucrânia se abstendo. Moldávia deixou de votar.

A resolução, que foi aprovada por esmagadora maioria pelo 28º ano seguido, tem peso político, mas somente o Congresso dos EUA pode colocar fim ao embargo, que dura mais de 50 anos.

Segundo o ministro, Cuba nos últimos 60 anos se tornou 'um centro regional de promoção e assistência a ditaduras comunistas' e tentou impor esse modelo na América Latina através do Foro de São Paulo.

'Cuba é hoje o principal esteio do regime Maduro na Venezuela, o pior sistema ditatorial da história do continente', defendeu. 'Então chega de bajular Cuba. A influência que Cuba possui entre os países em desenvolvimento no sistema ONU é uma vergonha e precisa ser rompida.'

A Reuters consultou o Itamaraty sobre uma posição oficial a respeito do voto e foi informada de que a manifestação seria feita pelo chanceler através da sua rede social.

O voto brasileiro foi mais um sinal forte do alinhamento do governo brasileiro com o presidente norte-americano Donald Trump, de quem o presidente Jair Bolsonaro já se declarou fã. A decisão, no entanto, rompeu não apenas com a tradição diplomática brasileira na ONU, mas com a defesa do livre comércio que até hoje caracterizou a ação internacional do país.

O embaixador brasileiro na ONU, Mauro Vieira, tentou nas últimas semanas reverter a decisão do Itamaraty para que o Brasil pelo menos optasse por uma abstenção, mas sem sucesso.

Escrito por Reuters

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Placeholder - loading - Imagem da notícia SMOKEY ROBINSON É ACUSADO DE ABUSO SEXUAL

SMOKEY ROBINSON É ACUSADO DE ABUSO SEXUAL

O cantor, compositor e produtor musical Smokey Robinson, ícone da Motown Records e uma das vozes mais reconhecidas da história da música norte-americana, está sendo acusado de abuso sexual por quatro mulheres que trabalharam como domésticas e assistentes pessoais em suas residências entre 2006 e 2024.

As denúncias fazem parte de uma queixa de assédio no local de trabalho, protocolada nesta terça-feira (6) em um tribunal de Los Angeles, e obtida com exclusividade pela CNN.

Acusações graves envolvem mais de uma década de supostos abusos

De acordo com o documento, as mulheres, identificadas como Jane Does 1 a 4, afirmam ter sofrido assédio sexual, agressões sexuais recorrentes e condições de trabalho abusivas enquanto prestavam serviços na casa de Robinson e de sua esposa, Frances Robinson, que também é citada como co-ré no processo.

As vítimas relatam que permaneceram em silêncio durante anos por medo de represálias, perda do emprego e vergonha pública, agravados pela fama e influência do artista. Três das quatro mulheres também temiam que a denúncia pudesse impactar negativamente seu status migratório nos Estados Unidos.

Detalhes das alegações: múltiplos episódios e locais

Frances Robinson também é citada por conivência e racismo

Além de Smokey Robinson, o processo responsabiliza Frances Robinson por omissão e conivência com os abusos, além de contribuir para um ambiente de trabalho hostil ao gritar com as funcionárias e usar termos étnicos pejorativos, segundo a ação judicial.

Outras acusações incluem violações trabalhistas e danos emocionais

As ex-funcionárias também acusam o casal Robinson de violações das leis trabalhistas, como não pagamento de salário mínimo, ausência de horas extras, e falta de pausas para descanso e alimentação. As quatro vítimas estão requerendo pelo menos US$ 50 milhões em danos morais, materiais e punitivos.

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