Wall Street fecha em alta com balanços e esperanças de alívio em tensões tarifárias
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Por Stephen Culp
(Reuters) - As ações dos Estados Unidos se recuperaram e fecharam em alta nesta terça-feira, conforme uma série de balanços corporativos trimestrais e indícios de uma diminuição das tensões comerciais entre os EUA e a China atraíram compradores.
O Dow Jones subiu 2,66%, para 39.186,98 pontos. O S&P 500 ganhou 2,51%, para 5.287,76 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 2,71%, para 16.300,42 pontos.
Na sessão, investidores minimizaram a retórica exacerbada do presidente Donald Trump contra o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, que é amplamente considerado uma força estabilizadora para os mercados.
Mas, tendo sido prejudicado durante semanas pelas disputas tarifárias caóticas e multifacetadas da Casa Branca, o índice S&P 500 permanece quase 14% abaixo de seu recorde de fechamento atingido em 19 de fevereiro.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que, embora as negociações comerciais com Pequim provavelmente serão 'árduas', ele acredita que haverá uma diminuição das tensões comerciais entre os EUA e a China.
'A montanha-russa continua', disse Ryan Detrick, estrategista-chefe de mercado do Carson Group. 'Uma certa redução da agressividade (entre) os EUA e a China, graças aos comentários de Bessent, ajudou a impulsionar ativos.'
'Washington entende que a incerteza em torno das tarifas está prejudicando os mercados e talvez possamos obter algum tipo de notícia positiva no futuro em relação ao comércio', acrescentou Detrick.
A temporada de balanços do primeiro trimestre ganhou força. Até o momento, 82 companhias do S&P 500 já divulgaram seus resultados, das quais 73% superaram as expectativas, segundo a LSEG.
As ações do conglomerado industrial 3M Co saltaram 8,1% depois que a empresa divulgou expectativas de lucro melhores do que as esperadas para o primeiro trimestre, embora tenha sinalizado um provável impacto das tarifas sobre o lucro de 2025.
Os 11 principais setores do S&P 500 avançaram, com o financeiro e o de bens de consumo discricionário apresentando os maiores ganhos percentuais.
Escrito por Reuters