Weg foca em redução de estoques com normalização de cadeias de suprimentos
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SÃO PAULO (Reuters) - A fabricante de motores elétricos e tintas industriais Weg tem como um de seus principais objetivos para este ano melhorar o giro de estoques depois que a situação de crise na oferta de insumos e componentes apresentou melhora nos últimos meses.
'O grande foco da Weg é melhorar o giro de estoque para este ano', disse o diretor financeiro da companhia, André Rodrigues, durante teleconferência com analistas. 'Já tivemos giros melhores', acrescentou.
A Weg divulgou na quarta-feira alta de 36,5% no lucro líquido do quarto trimestre do ano passado, para 1,19 bilhão de reais, com ganho de 2,3 pontos percentuais na margem operacional medida pelo Ebitda, para 19,5%. O estoque da companhia em dezembro foi 18% maior que o registrado um ano antes.
'Hoje dá para dizer que boa parte do impacto (da crise em cadeias de suprimentos) foi normalizado, boa parte dos componentes, custo de frete, disponibilidade de navios veio se normalizando com o passar dos trimestres', disse André Salgueiro, diretor de finanças e relações com investidores.
'Tem ainda preocupação sobre componentes eletrônicos, que afeta produtos de automação, mas, de certa forma, a situação está muito melhor que há alguns trimestres atrás', disse Salgueiro.
Apesar das incertezas macroeconômicas tanto no Brasil quanto no exterior, Rodrigues mencionou que avalia que a Weg poderá apresentar em 2023 níveis de margem de lucro semelhantes aos obtidas em anos anteriores.
O executivo citou entre os fatores um quadro positivo de entrada de pedidos por produtos de ciclos curto e longo para a empresa. Na China, após fim de rigorosas medidas de isolamento social no final do ano passado, Rodrigues afirmou que a Weg tem expectativa de reversão este ano na queda de encomendas. 'Começamos o ano com boas perspectivas para a região e boas perspectivas na Índia.'
Além disso, na América do Norte, continua 'forte' a demanda por produtos das áreas de transmissão de distribuição de energia, afirmaram os executivos.
(Por Alberto Alerigi Jr.)
Escrito por Reuters
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