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Weintraub anuncia saída do Ministério da Educação e diz que assumirá diretoria no Banco Mundial

Placeholder - loading - Abraham Weintraub na Câmara dos Deputados 15/05/2020 REUTERS/Adriano Machado
Abraham Weintraub na Câmara dos Deputados 15/05/2020 REUTERS/Adriano Machado
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Por Lisandra Paraguassu e Eduardo Simões

BRASÍLIA/SÃO PAULO (Reuters) - Abraham Weintraub anunciou nesta quinta-feira, em vídeo ao lado do presidente Jair Bolsonaro, que está deixando o Ministério da Educação e que irá assumir uma diretoria do Banco Mundial.

'Sim, dessa vez é verdade, estou saindo do MEC, e vou começar a transição agora e nos próximos dias eu passo o bastão para o ministro que vai ficar no meu lugar, interino ou definitivo. Nesse momento eu não quero discutir os motivos da minha saída, não cabe', disse Weintraub no vídeo ao lado de Bolsonaro.

'O importante é dizer que eu recebi o convite para ser diretor de um banco, já fui diretor de um banco no passado, volto ao mesmo cargo, porém no Banco Mundial. O presidente já referendou', acrescentou ele.

Weintraub já tinha sua demissão sendo negociada há algumas semanas, mas Bolsonaro não queria deixar que ele, um de seus maiores defensores, saísse sem ter um novo cargo.

A permanência de Weintraub no governo que sempre foi alvo de controvérsia, tornou-se foco de tensão ainda maior do Palácio do Planalto com os demais Poderes depois da divulgação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, em que ele defende que os 'vagabundos' sejam colocados na cadeia, 'a começar pelo STF', em referência aos ministros do Supremo Tribunal Federal.

A declaração rendeu a Weintraub uma investigação no âmbito do inquérito das fake news, que apura notícias falsas, ataques e ameaças contra ministros do Supremo.

A passagem dele pelo MEC também foi alvo constante de críticas. Recentemente, em meio à pandemia de Covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus, ele resistiu a adiar a data de realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), amplamente usado como prova de entrada em universidades públicas, especialmente as federais.

A confirmação da saída de Weintraub foi vista com bons olhos por parlamentares de várias legendas. Ele não tinha bom relacionamento com a maioria do Parlamento, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já o classificou como 'um desastre'.

'A saída do pior ministro da Educação da história é um alívio para milhões de jovens brasileiros', escreveu no Twitter a deputada Tabata Amaral (PDT-SP).

Para o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, a manutenção de Weintraub no governo tornou-se 'insustentável' depois de ele participar no último fim de semana de um ato antidemocrático contra o Congresso e o STF em Brasília --o que lhe rendeu uma multa de 2 mil reais do governo do Distrito Federal pelo não uso da máscara, que é obrigatório na capital-- e pela decisão do plenário do Supremo de rejeitar pedido para retirá-lo do rol de investigados do inquérito das fake news.

'Paralelamente a todos estes fatos, o ex-ministro já vinha num processo de desgaste crescente, particularmente por seus posicionamentos nas redes sociais muitas vezes incompatíveis com a importância do cargo que ocupava', disse Sampaio, em nota.

ALA IDEOLÓGICA

Economista de formação, Weintraub, de 48 anos, se aproximou de Bolsonaro por meio do atual ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, a quem ele e o irmão, Arthur, são ligados. Durante a campanha de Bolsonaro, fez parte da equipe que elaborou o programa de governo e também atuou na transição, após a eleição de Bolsonaro em outubro de 2018.

No governo, foi um dos assessores de Onyx na Casa Civil até abril de 2019, quando foi nomeado por Bolsonaro para comandar o Ministério da Educação no lugar de Ricardo Vélez, cujo desempenho à frente da pasta vinha sendo criticado pelo presidente.

Na ocasião, o escritor Olavo de Carvalho, um ideólogo do bolsonarismo, disse que o então novo ministro conhecia suas ideias melhor que o antecessor.

À frente do Ministério da Educação, Weintraub tornou-se um dos membros mais combativos da ala ideológica do governo Bolsonaro, especialmente em sua conta no Twitter, na qual ele frequentemente atacou adversários e provocou críticas com suas declarações e publicações.

Tornou-se célebre, por exemplo, um vídeo em que Weintraub faz uma paródia do filme Dançando na Chuva, dançando com um guarda-chuva num ambiente fechado e afirmando 'está chovendo fake news'. Ele também fez ironia em março deste ano com a suspeita de que a presidente da ONG Todos pela Educação, Priscila Cruz, que é crítica de sua gestão, estava com a Covid-19.

No ano passado, no Dia da Proclamação da República, em 15 de novembro, Weintraub fez uma publicação no Twitter em que classificou o episódio histórico de 'infâmia' contra Dom Pedro 2º. 'O que diabos estamos comemorando hoje? Há 130 anos foi cometida uma infâmia contra um patriota, honesto, iluminado, considerado um dos melhores gestores e governantes da História', escreveu.

Mais recentemente, ele usou o personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, para ironizar a forma que os chineses falariam o português e para insinuar que a China se beneficiou com a crise provocada pela pandemia do coronavírus.

Mesmo depois de apagar a publicação, ele foi alvo de críticas do embaixador e da embaixada da China no Brasil e disse em entrevista que o país estava lucrando com a venda de respiradores para todo o mundo. Disse, ainda, que pediria desculpas se o país asiático vendesse a preço de custo esses equipamento para hospitais de universidades federais. O episódio lhe rendeu um inquérito que apura se ele cometeu crime de racismo.

Outra polêmica envolvendo Weintraub foi o decreto enviado pelo governo ao Legislativo que permitia a nomeação por ele de reitores temporários para universidades federais durante a pandemia.

O último episódio a provocar polêmica foi a participação no dia 14 de junho de um protesto de apoiadores de Bolsonaro em Brasília, no qual Weintraub voltou a falar em “vagabundos” ao comentar o inconformismo de quem disse pagar imposto e ver corruptos roubarem. Em uma entrevista, Bolsonaro minimizou o fato, dizendo que Weintraub não foi muito prudente em comparecer ao ato, mas que não viu nada de grave na fala dele.

Escrito por Reuters

Últimas Notícias

Placeholder - loading - Imagem da notícia LADY GAGA: DE COACHELLA À COPACABANA

LADY GAGA: DE COACHELLA À COPACABANA

Lady Gaga fez história no Coachella 2025 com um espetáculo que mais parecia uma ópera pop moderna: teatral, dividido em cinco atos e com estética gótica. As apresentações nos dias 11 e 18 de abril foram marcadas pela estreia ao vivo de músicas do álbum Mayhem, além de clássicos como “Poker Face”, “Born This Way” e “Bad Romance”.

Mas se o tempo de palco no festival americano foi limitado a 90 minutos, os fãs brasileiros podem se preparar para um programa bem mais amplo no show gratuito em Copacabana, neste sábado (3 de maio). A expectativa é de que a performance de Lady Gaga no Rio de Janeiro dure até 2h30, com inclusão de músicas que ficaram de fora do set original, como sucessos de Chromatica, Artpop e Joanne.

Como foi o show no Coachella

Com coreografia de Parris Goebel e direção artística repleta de simbolismos visuais, Gaga apresentou um roteiro em cinco blocos distintos, alternando momentos de tensão, euforia, introspecção e catarse.

Uma experiência em cinco atos

Confira a setlist completa do Coachella, com a origem de cada música:

Ato I – Of Velvet and Vice

Ato II – And She Fell Into a Gothic Dream

Ato III – The Beautiful Nightmare That Knows Her Name

Ato IV – To Wake Her Is to Lose Her

Finale – Eternal Aria of the Monster Heart

Essa estrutura foi mantida em ambas as apresentações no festival, com pequenas variações em elementos visuais e interações com o público. Por exemplo, na primeira apresentação, Gesaffelstein, produtor e DJ francês conhecido por sua estética sombria e minimalista no techno e electro, participou ao vivo da performance de “Killah”. A música faz parte do novo álbum da cantora, Mayhem, e é uma colaboração entre os dois artistas.

Elementos Teatrais e Visuais

A ópera pop tem direção criativa de Parris Goebel, conhecida por seu trabalho com artistas como Rihanna e Doja Cat, e incorporou elementos teatrais, como mudanças de figurino dramáticas, cenários góticos e coreografias elaboradas, criando uma experiência imersiva para o público.

Destaques visuais incluíram uma batalha de xadrez encenada durante "Poker Face", onde os dançarinos representavam peças do jogo, e a transformação do palco em um cenário verdejante durante "Garden of Eden", com Gaga tocando guitarra.

O que esperar do show no Rio de Janeiro?

Para a apresentação gratuita na praia de Copacabana, Lady Gaga deve manter o núcleo teatral de Mayhem, mas há grande expectativa por um show mais longo e afetivo. Com liberdade de tempo e público local engajado, faixas como:

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