Xangai cerca áreas afetadas pela Covid e gera novos protestos
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Por Brenda Goh e Jacqueline Wong
XANGAI (Reuters) - As autoridades de Xangai, que lutam contra um surto de Covid-19, ergueram cercas do lado de fora de prédios residenciais, provocando novos protestos públicos contra o lockdown que está forçando grande parte dos 25 milhões de habitantes da cidade chinesa a ficar dentro de casa.
Enquanto isso, o maior distrito de Pequim exigirá que todos que moram ou trabalham na área façam três testes de Covid nesta semana e isolou mais de uma dúzia de prédios depois que a capital chinesa registrou 22 novos casos no sábado. O distrito, Chaoyang, abriga 3,45 milhões de pessoas.
Em Xangai, imagens de trabalhadores em trajes de proteção brancos selando entradas de conjuntos habitacionais e fechando ruas inteiras com cercas verdes --com cerca de dois metros de altura-- se tornaram virais nas redes sociais, gerando dúvidas e reclamações dos moradores.
'Isso é tão desrespeitoso com os direitos das pessoas que estão dentro (dos prédios), usar barreiras de metal para enjaulá-los como animais domésticos', disse um usuário na rede social Weibo.
Um vídeo mostrou moradores gritando das varandas com trabalhadores tentando montar cercas. Os trabalhadores cederam e as levaram embora. Outros vídeos mostraram pessoas tentando derrubar as cercas.
Muitas das cercas foram erguidas em torno de conjuntos designados como 'áreas vedadas' --edifícios onde pelo menos uma pessoa testou positivo para Covid-19, o que significa que os moradores estão proibidos de sair de suas residências.
Não ficou claro o que levou as autoridades a recorrer às cercas. Em um aviso compartilhado na internet com a data de sábado, uma autoridade local dizia que estava impondo uma 'quarentena dura' em algumas áreas.
A Reuters não conseguiu verificar a autenticidade do aviso ou de todas as imagens, mas viu uma cerca verde em uma rua no centro de Xangai no domingo.
Nos últimos dias, a Reuters também viu policiais em trajes de proteção patrulhando as ruas de Xangai, bloqueando as ruas e pedindo aos pedestres que voltassem para casa.
O governo de Xangai não respondeu a um pedido de comentário.
Escrito por Reuters
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