YouTube fecha canal de grupo de extrema-direita português após consultas do NYT
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LISBOA (Reuters) - O YouTube, da Alphabet Inc.,, fechou o canal de vídeo do grupo ultranacionalista português Grupo 1143, por violar sua política contra o discurso de ódio, após receber consultas sobre suas atividades do New York Times, informou a empresa nesta terça-feira.
O jornal americano escrevia artigo sobre como o discurso de ódio na Internet incentiva a violência na vida real, caso dos tumultos deste mês no Reino Unido, e usou Portugal como exemplo.
'Nossas políticas proíbem estritamente o conteúdo que glorifica a propaganda supremacista odiosa, incluindo símbolos de ódio, e encerramos um canal que nos foi fornecido pelo New York Times', disse um porta-voz do YouTube à Reuters, esclarecendo que o canal era do Grupo 1143.
O Grupo 1143, cujo número representa o ano em que Portugal teve início como nação soberana, é liderado pelo ativista neonazista Mario Machado, de 47 anos, que já cumpriu pena por agressão, discriminação racial e outros crimes.
'A esquerda global se uniu para tentar silenciar a maior organização nacionalista portuguesa dos últimos 50 anos', escreveu Machado no X, condenando o que ele disse ser 'censura' da conta @Grupo1143 pelo YouTube a pedido do NYT.
As contas do Grupo 1143 no X e no Telegram permaneceram ativas.
O grupo organizou protestos anti-imigração e anti-islã no início deste ano, incluindo um na cidade do Porto, em abril, seguido por dois ataques em maio a imigrantes, que foram severamente espancados ou espancados em suas casas.
As autoridades disseram que estão investigando o grupo, que negou a responsabilidade pelos ataques.
O YouTube afirma que sua política de discurso de ódio proíbe conteúdo que promova a violência ou o ódio contra indivíduos ou grupos com base em atributos como status de imigração, nacionalidade ou religião.
No primeiro trimestre de 2024, a empresa removeu mais de 157.000 vídeos em todo o mundo por violarem suas políticas de discurso de ódio.
(Reportagem de Patrícia Vicente Rua)
Escrito por Reuters
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