Zuckerberg perde US$16 bi com queda recorde de ações do Facebook
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(Reuters) - O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, sofreu uma perda de 16 bilhões de dólares em seu patrimônio nesta quinta-feira, em meio à forte queda nas ações da rede social que ocorria depois que executivos da empresa projetaram anos de margens de lucro menores.
Pelo menos 16 corretoras cortaram seus preços-alvo para o Facebook depois que executivos da companhia afirmaram que os custos de melhoria de recursos de privacidade dos usuários, bem como desaceleração nos maiores mercados publicitários, vão afetar as margens de lucro da companhia por mais de dois anos.
Às 12h07, as ações do Facebook tinham queda de quase 20 por cento, a 175,5 dólares, uma queda que reduziu o valor de mercado da companhia em cerca de 124 bilhões de dólares, ou quase quatro vezes o valor de mercado da rival Twitter, que tinha queda de 3 por cento.
Os resultados de segundo trimestre do Facebook marcaram o primeiro sinal de que uma nova lei de privacidade e uma série de escândalos envolvendo a consultoria política Cambridge Analytica e outros criadores de aplicativos atingiram os negócios da rede social.
Descrevendo os anúncios como 'bombásticos', analistas da Barid afirmaram que as questões foram em grande parte 'autoinfligidas' uma vez que o Facebook está sacrificando a monetização de seu aplicativo principal para incentivar seu uso.
De 47 analistas que cobrem o Facebook, 43 recomendam 'compra' para a ação, dois recomendam 'manutenção' e dois indicam 'venda'. A mediana do preço-alvo da ação para eles é de 219,30 dólares.
Os cerca de 16 bilhões de dólares em valor líquido que Zuckerberg perde é equivalente à fortuna da 81ª pessoa mais rica do mundo, o empresário japonês Takemitsu Takizaki, segundo ranking da revista Forbes.
Alguns analistas afirmaram que os problemas do Facebook não serão facilmente resolvidos.
'Diferente da Netflix, cuja queda de resultado trimestral foi considerada como temporária, vemos aqui uma evolução na história, embora uma parte dela já esperávamos', disse Daniel Salmon, analista da BMO Capital Markets.
Outros, porém, avaliaram que a ênfase do Facebook em conteúdo de maior engajamento e conteúdos promocionais no histórico de notícias dos usuários vai apoiar a receita da companhia no longo prazo.
'Os pessimistas ganharam este trimestre... mas não a guerra', disse Brent Thill, analista da Jefferies.
(Por Vibhuti Sharma, Munsif Vengattil e Devbrat Saha em Bangalore, Índia)
Escrito por Thomson Reuters
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