“Camille”: novo álbum póstumo de Prince é lançado pela Third Man Records

Hoje, dia 18 de março, foi lançado pela Third Man Records o mais novo álbum póstumo da lenda musical Prince, intitulado “Camille”, um alter ego feminino criado devido a mudança de tom de seus vocais. Lembrando que a obra foi originalmente gravada no ano de 1986, mas descartada pelo próprio na época.

Recentemente foi anunciado que a gravadora independente norte-americana chamada Third Man Records havia recebido os direitos de lançamento do álbum. O co-fundador da empresa, Bem Blackwell divulgou a novidade através de uma entrevista concedida a Mojo, revista popular inglesa, dizendo em suas redes sociais: “Finalmente vamos lançá-lo. O pessoal de Prince concordou – quase fácil demais.”

O disco, que foi produzido no final da década de 80, serviu como experimento para o cantor mudar o tom de seus vocais, que tinha como plano lançar a obra sob seu alter-ego feminino, nomeado Camille. Ao longo das décadas, diversas prensagens de teste do álbum foram feitas, mas no final das contas o lançamento completo acabou sendo descartado.

Essas raridades se tornaram um grande alvo para colecionadores de discos, além de sua presença constante em leilões renomados. O dono da gravadora disse a revista que chegou a pagar US$ 49.375 por uma das cópias porque, como ele mesmo disse, “Tínhamos que mostrar que tínhamos alguma pele no jogo”.

Jack White também tentou comprar outra cópia em um leilão, no ano de 2017, mas acabou sendo superado por Questlove, percussionista, multi-instrumentista, produtor musical, DJ, jornalista musical e ator norte-americano.

“Camille” conta com oito faixas, todas já lançadas antes de alguma forma, como lados B - como “Feel U Up” e “Shockadelica” -, relançamentos e trilhas sonoras de filmes. Algumas pertencem faixas do nono álbum de estúdio do artista, Sign o' the Times, incluindo “Housequake”, “Strange Relationship” e “If I Was Your Girlfriend”. Outros cortes incluem “Good Love”, que estão presentes na trilha sonora de Bright Lights, Big City, e “Rockhard in a Funky Place”, de The Black Album , de 1994 .

---

---

Processo de gravação Camille

Após o cantor desistir de prosseguir com seu projeto, o LP Dream Factory, e se separar de seu grupo de apoio, chamado The Revolution, em 1896 Prince decidiu voltar ao estúdio com uma ideia diferenciar para iniciar um projeto inédito. Esse consistia em explorar mais seus tons vocálicos, em um ritmo mais lento e afeminado, com uma técnica andrógina, que já havia sido testada em seu b-side de 1984 “Erotic City”.

E nada mais justo do que nomear essa sua nova voz. Segundo relatos, o artista começou as gravações produzindo o single dançante “Housequake”, e em menos de dez dias ele já havia finalizado o projeto. Ele mesmo pediu a gravadora da época, Warner Bros, para que sua imagem não aparecesse na capa dos produtos.

No finalzinho daquele ano, o disco já estava na fase final de masterização e algumas cópias prensadas, mas Prince acabou abandonando semanas antes do lançamento prometido aos seus fãs.Até hoje as razões que levaram a decisão do cantor não ficaram muito claras, mas muitos dizem que houve uma relutância quanto a gravadora por lançar um projeto que não tivesse o registro atribuído ao nome real do artista.

Para conferir o lançamento em tempo real da obra, acesse as redes sociais da gravadora Third Man Records e do artista abaixo:

Third Man Records – Instagram aqui.

Third Man Records – Facebook aqui.

Prince – Instagram aqui.

Prince – Facebook aqui

Veja também:

SAIBA AS DICAS MUSICAIS DESSA SEMANA NA ANTENA 1 (14/03 A 18/03)

CATÁLOGOS MUSICAIS: ENTENDA COMO AS GRAVADORAS COMPRAM E NEGOCIAM