A noite em que Eric Clapton venceu 6 Grammys e entrou para a história
Com “Layla” e “Tears in Heaven”, guitarrista venceu as principais categorias do Grammy de 1993
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Em 1993, Eric Patrick Clapton deixou o tapete vermelho do Grammy sem conseguir carregar os gramofones dourados que lhe foram concedidos durante a noite mais importante do mundo da música. Afinal, no dia 24 de fevereiro daquele ano, o guitarrista da Terra da Rainha tornou-se o primeiro britânico da história a vencer 6 Grammys em uma mesma edição!
Com “Unplugged”, disco gravado ao vivo próximo ao centro de Londres, Inglaterra, Clapton venceu as principais categorias da 35ª edição do Grammy Awards, incluindo o prêmio-mor da cerimônia - Álbum do Ano. Além disso, com “Tears In Heaven”, o Deus da Guitarra e 17 vezes vencedor do Grammy também conquistou os gramofones de Música e Gravação do Ano.
Com isso, ele igualou-se a outros gigantes da indústria musical, como Simon & Garfunkel, Carole King e Norah Jones, como um dos únicos artistas da história da premiação a vencer o famigerado Big Three do Grammy (os três principais prêmios da cerimônia).
E a complexidade de “Unplugged” justificou cada um dos prêmios que o artista carregou naquela noite. Afinal, ele conseguiu mesclar com maestria características do pop, do rock, do folk e do blues para construir o projeto mais emocionante da sua carreira. E o melhor: em um apenas um plano-sequência, gravado ao vivo em frente à audiência calorosa do estúdio Bray, no Reino Unido.
Mas o disco não viveu apenas do sucesso de “Layla” e “Tears In Heaven”. Na realidade, “Unplugged”, destrinchou o ápice da composição do artista, enquanto um instrumentista capaz de transmitir uma série de mensagens e emoções, com pouquíssimas palavras.
Com a faixa de abertura da apresentação, inclusive, Eric não cantou uma palavra sequer e, mesmo assim, conseguiu encantar o público presente durante a gravação do disco e ser ovacionado por isso.
“Minha filosofia de vida sobre fazer música é que você consegue reduzir tudo a uma única nota, se ela for tocada com a quantidade correta de sinceridade”.
Justamente por isso, Eric Clapton pode ser considerado o maior guitarrista de todos os tempos, sem assustar os tablóides da indústria musical. Afinal, além de produzir solos psicodélicos, como Jimmy Hendrix e nadar em técnicas refinadas, como Chuck Berry e Eddie Van Halen, o Deus da Guitarra conseguiu harmonizar as suas notas e emocionar o mundo, fazendo jus ao seu apelido e à sua reputação.
Portanto, Clapton, uma figura mitológica capaz de produzir canções com a potência de tocar o âmago da sua audiência, foi eternizado como alguém digno de coexistir no mesmo patamar que George Harrison, Keith Richards, Carlos Santana, Jimmy Page e outros gigantes do instrumento.
Além disso, a sua capacidade de viajar entre diferentes estilos musicais o fez vencer os Grammys de Melhor Performance Vocal de Rock e Melhor Performance Vocal de Pop, em uma mesma edição. Inclusive, não à toa, “Tears in Heaven” envelheceu como uma das faixas mais emocionantes dos anos 90 e “Layla”, como uma obra-prima de alguém conhecido por atingir a excelência em tudo que se propunha a fazer.
Assim, tal qual B.B. King gozou da Blue Note para encantar o mundo nos anos 60, Clapton explorou os limites dos seus stiffs para provar o seu valor, enquanto um dos guitarristas mais ecléticos que já existiu. E o resultado? 3 indicações ao Hall da Fama do Rock, 6 Grammys em uma única noite e, hoje, 79 anos de muito sucesso!
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