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A Verdade Sombria por Trás de "Every Breath You Take"

A música foi escrita enquanto o vocalista do The Police passava por um momento difícil

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Era uma noite de 1991 quando Sting acordou de seu sono com uma melodia na cabeça. O momento era turbulento: o cantor havia acabado de passar por um divórcio de sua primeira esposa, Frances Tomelty. Então, sem perder tempo, sentou no piano e escreveu o que viria a ser o maior hit de sua vida e um dos maiores da história da música em trinta minutos.


“Eu não sabia de nada disso, achei que estava apenas escrevendo uma música de sucesso e, na verdade, ela se tornou uma das músicas que definiram os anos 80 e, por acidente, a trilha sonora perfeita para a fantasia de controle e sedução de Reagan em Guerra nas Estrelas.” escreveu o cantor em seu livro Lyrics By Sting.


A canção em questão é Every Breath You Take, trilha sonora de muitos casais ao redor do mundo. Porém, o que muitos interpretam como romance, o próprio autor classificou, em 1983, como uma canção repleta de ciúmes, vigilância e propriedade. “Acho que é uma música desagradável, realmente muito maligna”, disse Sting à Revista NME, 40 anos atrás. “Acho que a ambiguidade é intrínseca à música, não importa como você a trate, porque as palavras são muito sádicas.”


"Em um nível, é uma música longa e agradável com os clássicos acordes relativos menores e, por baixo, há esse personagem desagradável falando sobre a observação de cada movimento. Eu gosto dessa ambiguidade", acrescentou.


https://youtu.be/OMOGaugKpzs?si=RpbxgHvH81EhH3Nx


Basta prestar atenção na letra da obra para perceber o quanto ela é obsessiva: “Cada suspiro que você der/E cada movimento que você fizer/Cada laço que você quebrar/Cada passo que você der/Eu estarei te observando”.


Talvez o empurra-empurra do arranjo da música tenha encoberto os pensamentos sinistros que se escondem no centro da letra. O próprio Sting acreditava que a composição da música mantinha a natureza circular da letra em um loop infinito, de maneira a combinar com os sentimentos do protagonista, preso em suas obsessões com relação à pessoa para quem ele canta a música.


Em entrevista para a BBC, Sting questionou até a originalidade da música. “Acho que é minha música mais bem-sucedida e provavelmente mais conhecida do que qualquer outra e, ainda assim, não é nem um pouco original. Ela tem uma sequência de acordes padrão, que provavelmente foi copiada de Stand By Me. Portanto, não é original e a letra pode ser encontrada em um dicionário de rimas: make, take, fake, wake e, ainda assim, tem algo nela que as pessoas gostam, pois, a princípio, parece uma música muito romântica e sedutora, que é o que eu pretendia que fosse inicialmente, mas, quando a ouvimos, percebemos que há uma compulsão por trás dela, a ponto de se tornar uma obsessão e se tornar bastante sinistra.”


No entanto, Sting já consegue enxergar a música como uma obra que passou a pertencer ao mundo, e a história dela é, na verdade, a história de quem a ouve. “Sempre recebo pessoas escrevendo cartas dizendo: 'Oh, é nossa música favorita. Ela foi tocada em nosso casamento’. E eu nunca contradigo as pessoas sobre o significado da música. Acho que o significado é o que quer que ela signifique para você. Mas, para mim, ela tem esse duplo sentido e é muito poderosa. Você sabe, ainda é o que as pessoas querem ouvir."


Muitas vezes as músicas mais simples – com a importante ressalva de que simplicidade não é sinônimo de facilidade– são as que mais tocam as pessoas e perduram por mais tempo. A música em questão é a prova disso.


Tanto que Every Breath You Take ganhou o prêmio Grammy de 1983 por música do ano, vencendo Beat It, de Michael Jackson. Apesar de ser extremamente simples, assim como o próprio Sting a definiu: “A música tem a estrutura padrão de uma balada pop, mas não há desenvolvimento harmônico após o oitavo médio, nenhuma liberação de emoções ou mudança no ponto de vista do protagonista”.


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