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Agência nuclear da ONU pede novamente que Rússia deixe usina de Zaporizhzhia

Placeholder - loading - Militar russo monta guarda em um posto de controle perto da Usina Nuclear de Zaporizhzhia 15/06/2023 REUTERS/Alexander Ermochenko
Militar russo monta guarda em um posto de controle perto da Usina Nuclear de Zaporizhzhia 15/06/2023 REUTERS/Alexander Ermochenko

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VIENA (Reuters) - O comitê diretivo do órgão de fiscalização nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) votou nesta quinta-feira para requerer que a Rússia deixe a usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, em resolução aprovada dias após o aniversário de dois anos da captura do local pelas tropas russas.

Trata-se da quarta resolução que condena as ações russas nas instalações nucleares ucranianas. A primeira foi aprovada em março de 2022, um dia antes de a Rússia tomar o controle da maior usina nuclear da Europa. A mais recente havia sido emitida em novembro de 2022.

“A resolução foi adotada por maioria dos votos”, afirmou na rede social X a missão ucraniana na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

O texto aprovado afirma que o comitê pede “a retirada urgente de militares não autorizados e quaisquer outras pessoas não autorizadas da ZNPP da Ucrânia, e para que a usina seja imediatamente devolvida para controle total das autoridades ucranianas competentes”.

O comitê também “reitera a grave preocupação com o fato de a Federação Russa não ter atendido aos pedidos anteriores para retirar seus militares e pessoal da ZNPP'.

A usina fica perto da linha de frente de um território da Ucrânia que Moscou alega ter anexado. Todos os seis reatores estão desligados, mas a instalação ainda precisa de energia constante para manter o combustível desses reatores resfriados e evitar um catastrófico derretimento.

A AIEA, que possui apenas um pequeno número de pessoas em Zaporizhzhia, afirma que a segurança no local é precária. Nos últimos 18 meses, a usina teve o fornecimento externo de energia cortado oito vezes, forçando-a a usar geradores movidos a diesel.

A Ucrânia e a Rússia têm culpado uma à outra pelos bombardeios que derrubam a eletricidade.

(Reportagem de François Murphy)

Escrito por Reuters

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