Ambev tem lucro acima do esperado no 3° tri com destaque à performance no Brasil
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SÃO PAULO (Reuters) - A cervejaria Ambev divulgou nesta quinta-feira um lucro líquido no terceiro trimestre maior do que o esperado por analistas, graças ao desempenho no mercado doméstico, e reafirmou uma projeção de crescimento de receita e Ebitda no segundo semestre em níveis maiores do que no primeiro.
A Ambev teve lucro líquido trimestral de 3,21 bilhões de reais, queda de 13,4% em relação a igual período do ano anterior, mas acima das estimativas, já que analistas esperavam lucro de 2,48 bilhões de reais, segundo pesquisa da Refinitiv.
A empresa, uma subsidiária da belga Anheuser-Busch InBev, informou que a receita líquida saltou 11,3% no período, enquanto os volumes vendidos aumentaram 1,3%, marcando um novo recorde para um terceiro trimestre.
'Nossos negócios no Brasil continuam construindo seu momentum, entregando crescimento de dois dígitos da receita e do Ebitda, o que mais do que compensou ventos contrários contínuos em algumas de nossas operações internacionais', disse o presidente-executivo da empresa, Jean Jereissati em comunicado à imprensa.
A Ambev afirmou que seu negócio de cerveja no Brasil ainda foi beneficiado pela reabertura pós-pandemia.
Os volumes de cerveja registrados no país ficaram estáveis anualmente, apesar de forte desempenho um ano antes.
Do outro lado, negócios na América Central e no Caribe tiveram um 'desempenho fraco', disse a Ambev, pois a alta da inflação e dificuldades na cadeia de suprimentos seguiram impactando negativamente os negócios, com custos e despesas crescentes devido aos preços mais elevados de commodities e transporte, segundo a empresa.
Analistas do JPMorgan elogiaram os resultados da Ambev no Brasil e disseram que os volumes ficaram acima de suas expectativas otimistas, com um sólido aumento de preço médio, o que mostra resiliência do mercado.
Eles esperam um quarto trimestre forte, já que a administração da Ambev reiterou sua projeção de crescimento de receita e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) para o segundo semestre, resultados que devem ser parcialmente impulsionados pela Copa do Mundo do Qatar.
(Por Gabriel Araujo)
Escrito por Reuters
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