As crianças garimpeiras dos Camarões
No mundo todo, cerca de um milhão de crianças trabalham em minas de ouro, segundo a Organização Internacional do Trabalho
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Mouseih está a cavar em busca de ouro. Ele e o irmão trabalham nesta mina de ouro sete dias por semana.
Mouseih (Criança mineira): “Venho aqui atrás de dinheiro. Trabalho na mina para conseguir dinheiro, e talvez eu possa matricular-me na escola. Eu também quero comprar roupas e sapatos para mim. A minha mãe também trabalha nas minas connosco”.
Ir para a escola não é obrigatório aqui, e algumas áreas rurais nem têm escolas públicas. A pobreza extrema e a falta de acesso à educação empurram muitas crianças ao trabalho nas minas de ouro. Philippe Dono é fundador de uma ONG que ajuda as crianças a ir para a escola. Ele visita as famílias para pedir que deixem os seus filhos estudar.
Philippe Dono (Fundador da ONG Florestas e Desenvolvimento Rural): “As crianças que trabalham nas minas correm grande perigo, porque se arriscam a cair nas instalações das minas. E as crianças podem morrer se cairem num poço. Uma morte assim seria uma grande perda. Então, a comunidade deve estar ciente de que a escola é a melhor opção para essas crianças”.
Esta única sala de aula serve a uma comunidade com 500 crianças. Só uma fração das crianças comparece, pois muitas trocam as lições pelas minas, mesmo se o trabalho infantil é ilegal no Camarões.
Mouseih (Criança mineira): “Acho esse trabalho muito duro. No final do dia, estou muito cansado. Mas porque é a minha mãe pede-me para vir trabalhar aqui, tenho que obedecer. Não posso desobedecer à minha mãe”.
Autoridades prometem há tempos retirar as crianças das minas. Mas, por enquanto, Mouseih e o seu irmão podem apenas sonhar em ir para a escola um dia.
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Escrito por DW
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