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As Vozes da Igualdade: Tributo Musical a Martin Luther King Jr.

O líder do movimento dos direitos civis nos Estados Unidos foi homenageado por diversos artistas antes e pós-mortem

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Há 56 anos, no dia de hoje, o mundo perdeu uma de suas figuras mais importantes. O ativista pelos direitos civis Martin Luther King Jr. foi assassinado ao ser atingido por um tiro no pescoço enquanto se preparava para jantar, na sacada do Motel Lorraine, em Memphis, Tennessee. O homem entrou na História pela sua luta contra a segregação racial nos Estados Unidos, liderando protestos e movimentos não violentos que iam contra as leis e instituições que perpetuavam a discriminação racial e a segregação e obtendo avanços significativos para a população preta.

Sua luta e sua vida foram homenageadas através de várias músicas feitas por artistas consagrados. Algumas incorporaram o sonho do discurso de Martin Luther King Jr. (“I have a Dream”), no qual ele demandou pela igualdade entre negros e brancos numa terra de preconceito e opressão, onde a população negra não tinha direitos democráticos básicos. Outras refletem o contexto daqueles tempos revolucionários. Confira algumas abaixo:

Pride (in the name of Love) - U2 (1984)

Lançada em 1984, a canção é um tributo a Martin Luther King Jr., líder do movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos, e um hino à luta pela igualdade e justiça. A letra, repleta de referências simbólicas e históricas, evoca a ideia de sacrifício e heroísmo em nome do amor e da humanidade. Aqui, o trecho faz uma referência explícita à vida de Martin: “Manhã cedo, dia quatro de abril/Um tiro faz barulho no céu de Memphis/Finalmente livre, eles tiraram a sua vida/Mas eles não puderam tirar o seu orgulho”.

Happy Birthday - Stevie Wonder (1980)

A canção de Stevie é uma música animada e alegre, que celebra a vida de King ao invés de trazer uma abordagem séria, como a maioria das outras. “Eu nunca entendi/Como um homem que morreu pelo o bem/Não pode ter um dia em que/Parássemos para o seu reconhecimento/Porque nunca lhe daremos/Só porque alguns não conseguem ver/Um sonho tão claro como ele/Que deve tornar-se uma ilusão/E nós todo sabemos tudo/Ele que ficou para trazer tempos melhores/Para a paz em nossos corações cantamos/Obrigado martin luther king


Why? (The King of Love is Dead) - Nina Simone (1968)


Três dias depois do assassinato do reverendo Martin Luther King Jr. em 1968, a artista Nina Simone e sua banda tocaram no Westbury Music Festival em Long Island, NY., uma música que durou quase 15 minutos enquanto Nina Simone cantava, tocava e fazia sermões sobre a perda que todos estavam sentindo: “Todos nós podemos derramar lágrimas, mas não vai mudar nada./Ensine o seu povo: Será que eles vão aprender?/Deve sempre matar com queimar e queimar com armas/E matar com armas e queimar, você não sabe como temos que reagir?/Mas ele tinha visto o topo da montanha/E ele sabia que não podia parar”

Someday we’ll all be free - Donny Hathaway (1973)

Essa canção tem como foco a liberdade, uma das principais reivindicações da luta pela cidadania dos negros americanos (da época e, infelizmente, dos dias de hoje). Ela foi lançada em 1973 e há uma versão de Aretha Franklin que foi incluída no filme Malcom X, de 1992. “Continue andando firme/Mantenha-se de cabeça erguida/Coloque seus sonhos até o céu/Cante sua melhor canção/E você vai continuar, indo, indo /Acredite, um dia todos nós seremos livres

A change is gonna come - Sam Cooke (1964)

A canção é prévia à morte de Luther King Jr. e simboliza o desejo pela mudança nos Estados Unidos, feita durante campanhas que almejavam a conquista de direitos humanos, ainda de caráter atemporal. “Eu vou ao cinema e vou ao centro da cidade/Alguém continua me dizendo: Não fique à toa por aí/Há quanto tempo, quanto tempo esperando/Mas eu sei que uma mudança virá, oh, sim, ela virá


History - Michael Jackson (1990’s)

No decorrer da música, Michael Jackson incorpora parte do discurso “Eu tenho um sonho”, de Martin Luther King Jr., e expande sua mensagem para uma escala global, questionando o número de vítimas e lutas necessárias para que a humanidade siga um caminho mais pacífico e unido. A música “History” foi lançada na década de 90: “Quantas pessoas tem que chorar?/A canção de dor e angústia por toda terra
E quantas crianças devem morrer/Antes que estendamos a mão para curar?/Todos cantem/Todo dia crie sua história


Inner City Blues - Marvin Gaye (1971)

A música reflete as condições degradantes da vida urbana dos EUA, principalmente durante os conflitos raciais que se sucederam à morte de Luther King Jr. (1971): “Inflação, sem chance/De aumentar as finanças/As contas se acumulam até tocarem o céu/Mandam aquele garoto pra morrer/Me faz querer gritar/O jeito como eles mexem com a minha vida”


‘Abraham, Martin and John’ - Dion (1968)

“Abraham, Martin and John” é uma das primeiras canções de luto pela morte de King. Ela foi feita para referenciar as personalidades políticas mortas: Abraham Lincoln, John F. Kennedy e Martin Luther King Jr. “Alguém aqui viu meu velho amigo Martin?/Pode me dizer para onde ele foi?/Ele libertou muitas pessoas mas parece que os bons morrem cedo/Você sabe que eu apenas olhei em volta e ele se foi/Você não amou as coisas que eles representavam?/Eles não tentaram encontrar algo bom para você e para mim?/E seremos livres/Algum dia em breve, um dia será”


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