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Atenção, chocólatras: novo estudo traça as complexas origens do cacau

Placeholder - loading - Vagem de cacau madura em fazenda em Tulua, Colômbia 08/12/2008 REUTERS/Gary Hershorn
Vagem de cacau madura em fazenda em Tulua, Colômbia 08/12/2008 REUTERS/Gary Hershorn
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Por Will Dunham

WASHINGTON (Reuters) - Cientistas estão sentindo um gostinho a mais sobre o início da história da domesticação e do uso do cacau -- matéria-prima do chocolate -- graças a resíduos detectados em um lote de cerâmicas antigas da América do Sul e Central.

A partir de evidências desses artefatos, pesquisadores rastrearam a rápida disseminação do cacau por meio de rotas comerciais após sua domesticação inicial, há mais de cinco milênios, no Equador. Eles mostraram a dispersão do cacau para a costa noroeste do Pacífico da América do Sul e, posteriormente, para a América Central, até chegar ao México 1.500 anos depois.

Uma árvore tropical perene chamada Theobroma cacao produz vagens grandes e ovais que contêm as sementes de cacau, semelhantes a feijões -- que hoje são torradas e transformadas em cacau e em uma infinidade de confeitos de chocolate. Nos tempos antigos, o cacau era consumido como bebida ou como ingrediente de outros alimentos.

Os pesquisadores testaram mais de 300 cerâmicas pré-colombianas, abrangendo um período de quase 6.000 anos, em busca de vestígios de DNA de cacau e três compostos químicos associados a ele, incluindo a cafeína. Eles descobriram evidências de cacau em cerca de 30% delas. O achado indica que os produtos de cacau eram usados mais amplamente entre essas culturas antigas do que se sabia anteriormente.

As cerâmicas em si oferecem um vislumbre artístico das culturas, algumas com maravilhosos desenhos antropomórficos.

Um estudo publicado em 2018 havia revelado que a domesticação e o uso do cacau começaram há cerca de 5.300 anos no Equador, baseado em evidências de cerâmica no sítio arqueológico de Santa Ana-La Florida.

O novo estudo parte desse ponto ao rastrear a disseminação do cacau em 19 culturas pré-colombianas. Alguns dos primeiros usos foram detectados em cerâmicas da cultura Valdivia, no Equador, e pela cultura Puerto Hormiga, na Colômbia.

O DNA antigo encontrado nas cerâmicas também indicou que várias culturas cruzaram os cacaueiros para se adaptarem a novos ambientes.

'As primeiras etapas da domesticação do cacau correspondem a um processo mais complexo do que o que havíamos suposto anteriormente', disse a geneticista molecular Claire Lanaud, da unidade AGAP do CIRAD, centro francês de pesquisa agrícola para o desenvolvimento internacional, principal autora do estudo publicado nesta quinta-feira na revista Scientific Reports.

'Não tínhamos o menor conhecimento de uma domesticação tão importante dos cacaueiros em toda a costa do Pacífico na América do Sul nos tempos pré-colombianos, e tão cedo. A significativa mistura genética observada atesta as inúmeras interações que podem ter ocorrido entre os povos da Amazônia e da costa do Pacífico', acrescentou Lanaud.

A dispersão do cacau do Equador para a Mesoamérica pode ter ocorrido por meio de redes político-econômicas vastas e interconectadas, avaliam os pesquisadores.

'Em primeiro lugar, podemos afirmar com convicção que a origem do cacau e sua domesticação foi a Alta Amazônia e não os trópicos da Mesoamérica -- México e América Central. O processo de dispersão foi bastante rápido e envolveu a interação próxima e de longa distância dos povos ameríndios', disse o arqueólogo e coautor do estudo Francisco Valdez, da unidade PALOC da instituição de pesquisa IRD da França e do Museu Nacional de História Natural de Paris.

'Os contatos marítimos devem ter sido envolvidos, assim como os contatos terrestres. Anteriormente, a crença comum era de que o cacau foi domesticado nas planícies mesoamericanas e que se dispersou de lá para o sul', disse Valdez.

O estudo fornece informações sobre as primeiras transações do que hoje figura como uma das culturas comerciais mais importantes do mundo.

Os atuais confeitos açucarados de chocolate diferem muito dos primeiros usos do cacau. Antes de os europeus chegarem às Américas, há cinco séculos, culturas como a asteca e a maia preparavam o cacau como bebida, misturado com diversas especiarias e outros ingredientes.

'O cacau, como planta, é um alimento fonte de energia e também um produto medicinal', disse Valdez.

'Os povos ameríndios o utilizavam de várias maneiras. Cru, a polpa era sugada. A (semente de cacau) podia ser cozida, torrada, moída e transformada em alimentos líquidos e sólidos. A casca, os ramos e a espiga podem ser queimados, e as cinzas são um antisséptico. E também é usado para aliviar inflamações e feridas na pele ou nos músculos.'

(Reportagem de Will Dunham)

Escrito por Reuters

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EXCLUSIVO: 'THE DRIVER ERA' REVELA À ANTENA 1 OS BASTIDORES DE "OBSESSION"

Em entrevista exclusiva concedida à repórter Catharina Morais, da Rádio Antena 1, no dia 2 de maio, momentos antes da passagem de som no Tokio Marine Hall, os irmãos Ross Lynch e Rocky Lynch, da banda The Driver Era, abriram o coração sobre a criação de seu mais novo álbum, Obsession, e refletiram sobre os desafios de ser artista na era digital. A conversa aconteceu em São Paulo, poucas horas antes do último show da turnê no Brasil.

“Cada álbum tem uma sensação diferente, com certeza”, disse Ross ao ser perguntado sobre a experiência de lançar o disco enquanto estão na estrada. “A Summer Mixtape teve uma vibe mais solta, como uma brisa do mundo”.

The Driver Era: quem são Ross e Rocky Lynch?

Formada em 2018, The Driver Era é uma dupla norte-americana de pop alternativo e rock contemporâneo, criada pelos irmãos Ross e Rocky Lynch. Ross ganhou notoriedade na série da Disney Austin & Ally e no filme Teen Beach Movie, além de integrar a antiga banda R5. Desde então, a dupla tem buscado firmar uma identidade sonora própria, apostando na mistura de gêneros e em uma produção 100% autoral.

“Produzir é uma das coisas que mais amamos fazer”, contou Ross. “A gente mesmo produziu tudo. Fizemos praticamente todos os drivers nos nossos álbuns”.

Criação do álbum Obsession: entre o estúdio e a estrada

Obsession, lançado em abril de 2025, é o quarto álbum de estúdio da banda. Com sonoridade intensa e letras autobiográficas, ele representa um momento de amadurecimento artístico. Gravado entre Londres, Califórnia e o estúdio caseiro da dupla, o projeto nasceu em meio à correria da turnê, mas com leveza.

“Obsession surgiu de forma bem orgânica, com histórias reais, inspiradas nas nossas vivências”, explicou Ross.


“Criar música é como a gente se alimenta”, completou Rocky.

Pressão das redes sociais e autenticidade artística

A entrevista também tocou em um tema delicado: o impacto das redes sociais na carreira dos artistas.

“Hoje em dia, todo mundo — e as mães deles também — está postando, postando, postando…”, brincou Rocky.

“Você quer crescer, quer melhorar, e agora isso virou uma métrica tangível. Mas o que eu gosto mesmo é de fazer música”, reforçou Ross.

Influências musicais: de Peter Gabriel a Michael Jackson

Entre os ídolos citados pelos irmãos estão INXS, Peter Gabriel e Michael Jackson. Apesar da admiração por esses grandes nomes, Ross e Rocky explicam que seu processo criativo evita imitações.

“É como se eu não pudesse repetir algo que alguém já fez. Mesmo sendo fã, me desanima se sinto que estou copiando demais”, desabafou Rocky.

As novas obsessões da The Driver Era

Encerrando a entrevista, os irmãos revelaram suas “obsessões” do momento:

“Tentar me tornar uma pessoa melhor”, disse Rocky sobre a faixa Better.


“Entender por que os seres humanos fazem o que fazem”, compartilhou Ross. “E também… eu gosto de fazer as pessoas felizes”.

Show no Tokio Marine Hall: uma noite de energia, conexão e um pouco de nostalgia

O público paulistano recebeu de braços abertos a banda na Obsession Tour 2025, que passou também pelo Rio de Janeiro. Em São Paulo, a apresentação foi marcada por performances intensas e uma troca genuína com os fãs. Com casa cheia, o Tokio Marine Hall foi tomado por fãs vestindo chapéus de cowboy, uma referência divertida à estética do vocalista Ross.

O setlist trouxe músicas novas e antigas, além de uma surpresa nostálgica com "On My Own", do filme Teen Beach Movie, arrancando lágrimas e gritos do público.

Outros destaques do show incluíram Touch, que abriu a noite, The Weekend, que transformou a casa em pista de dança, e A Kiss, que encerrou o espetáculo com energia lá no alto.

Show inesquecível e fãs encantados

A passagem da The Driver Era pelo Brasil reforçou o vínculo da banda com o público brasileiro. Após duas noites memoráveis no país, fica claro que Ross e Rocky Lynch têm um espaço garantido no coração dos fãs.

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