Bolsonaro diz ter certeza que Congresso aprovará Previdência e pede celeridade
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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira ter certeza que a Câmara dos Deputados e o Senado aprovarão a reforma da Previdência e que as duas Casas podem fazer possíveis correções ao texto enviado pelo governo, ao mesmo tempo que também pediu que os parlamentares deem a devida celeridade à tramitação da proposta.
Bolsonaro repetiu ainda, após dias de tumultuado clima político, que o bate-boca público com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) é página virada.
“Com toda a certeza a Câmara e o Senado vão fazer as suas possíveis correções, que nós não somos perfeitos. Contamos obviamente com os 513 deputados e os 81 senadores para que aperfeiçoem a proposta, dêem a devida celeridade, para que o Brasil possa decolar”, disse o presidente em transmissão pelo Facebook, afirmando que a reforma “é para que o Brasil não quebre”.
“Eu tenho certeza que ela será aprovada pela Câmara e pelo Senado”, afirmou sobre a reforma, último tema a ser abordado na transmissão e quase esquecida pelo presidente, que a resgatou antes de encerrar a transmissão.
O envolvimento direto de Bolsonaro na defesa da reforma tem sido um ponto crítico dentre as insatisfações na relação entre parlamentares e o governo.
O presidente aproveitou a transmissão semanal em suas redes sociais para lembrar de medidas direcionadas aos caminhoneiros, classe que quase parou o país em greve nacional no ano passado.
Uma delas diz respeito à adoção de um “cartão caminhoneiro”, em no máximo 90 dias, para que o caminhoneiro possa evitar variações de preço do óleo diesel. Bolsonaro também citou a mudança na periodicidade dos reajustes dos preços do diesel pela Petrobras, que não será feito em períodos inferiores a 15 dias.
Bolsonaro comemorou ainda resultado de leilão da ferrovia Norte-Sul, feito nesta quinta e que resultou em arrecadação de 2,7 bilhões de reais para o governo. O presidente afirmou que o leilão significa uma retomada no transporte ferroviário do país.
Na transmissão, o presidente não abordou uma das polêmicas recentes de seu governo, sua decisão de instruir as Forças Armadas a comemorarem o aniversário de 55 anos do golpe de Estado de 1964 no dia 31 de março. Mais cedo, num recuo em relação ao tom adotado anteriormente, Bolsonaro disse que não se trataria de comemorar, mas de rememorar.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
Escrito por Thomson Reuters
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