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Câmara de SP aprova proibição de corridas de cavalo

Projeto, que aguarda sanção do prefeito Ricardo Nunes, pode afetar atividade do Jockey Club

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A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (26), em segunda votação, o projeto que proíbe o uso de animais em atividades desportivas que envolvam apostas, como as corridas de cavalo realizadas no Jockey Club.

O texto, de autoria do vereador Xexéu Tripoli (PSDB), que foi aprovado em primeiro turno ainda no fim de 2022, segue agora para sanção do prefeito Ricardo Nunes. A proposta dá um prazo de 180 dias, a partir da publicação da lei, para que os estabelecimentos que promovem eventos do tipo se adequem à medida.

Em um artigo publicado pela Folha de S. Paulo em janeiro deste ano, o advogado e conselheiro do Jockey, José Mauro Marques, alega que “trata-se de matéria cuja competência para legislar é privativa da União Federal”. Ele afirma que os animais são “objeto de cuidados especiais, sob o crivo de veterinários especializados, que orientam treinos, alimentação e higienização”. O texto ainda destaca a contribuição para a economia, “com a criação e o aprimoramento da raça de cavalos puro sangue inglês, a geração de empregos e a exportação de animais”.

Em um café da manhã com jornalistas, no fim do mês de março, Nunes disse à reportagem da Antena 1 que a escritura do imóvel do JCSP, doado pela Companhia Cidade Jardim, prevê a incorporação ao patrimônio da Prefeitura caso seja encerrada a atividade de turfe. Na ocasião, ele estava acompanhado do subprefeito de Pinheiros, Leonardo Casal Santos, e de Tripoli, que reforçou que sua motivação é a causa animal e que o PL não tem relação com a dívida do Jockey Club com a municipalidade.

DÍVIDA MILIONÁRIA

O Jockey deve cerca de R$ 300 milhões de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). O valor, no entanto, já foi contestado pelo presidente do Jockey, Benjamin Steinbruch. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, em 2020, o empresário defendeu que o hipódromo deveria ser isento do tributo, como outros clubes esportivos de São Paulo e de outros estados. Além disso, ele reivindicou indenizações por terrenos tombados. Segundo Steinbruch, o Jockey teria mais créditos do que dívidas.

Em novembro de 2022, o presidente da Câmara Municipal, o vereador Milton Leite (União), e do vereador Rodrigo Goulart (PSD) apresentaram o Projeto de Lei (PL) 639/2022, que previa a desapropriação do terreno, cujo valor venal é de R$ 1,3 bilhão, para a criação de um parque público.

No mês seguinte, a Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio-Ambiente da Casa promoveu uma audiência pública em que os sócios do Jockey se posicionaram contra o PL.

O vice-presidente do clube, Marcelo Motta, reforçou que a entrada ao local já é gratuita: “Recebemos com muita surpresa e indignação esse Projeto de Lei, porque se a alegação é para construir um parque, lá já é um parque, os portões ficam abertos para receber o público em geral”.

O diretor-executivo José Carlos Pires pontuou que a desapropriação resultaria em prejuízo econômico. De acordo com ele, a indústria do turfe paulistana é responsável por 5 mil empregos diretos e 20 mil empregos indiretos.

REVISÃO DO PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DE SÃO PAULO

Em julho do ano passado, o prefeito Ricardo Nunes sancionou a revisão do Plano Diretor Estratégico, que define as diretrizes para a ocupação urbana da cidade até 2029. O documento autoriza a criação de 18 novos parques, entre eles o do Jockey, que aparece com o nome de Parque João Carlos Di Genio, em homenagem ao empresário fundador da rede de colégios Objetivo e da Faculdade Unip.

À reportagem da Antena 1, Nunes afirmou que estava em contato com a diretoria do clube e aguardava a apresentação de uma proposta. Segundo ele, o objetivo “nunca foi acabar com o Jockey, com a atividade que está ali há tantos anos”, mas, como gestão pública, garantir o pagamento dos tributos.

“Se caminhar para a desapropriação, a ideia é fazer um parque lá, mas tem toda a complexidade jurídica. A gente deve resolver o encaminhamento do processo nas próximas semanas”, disse.

A HISTÓRIA DO JOCKEY CLUB DE SÃO PAULO

O Jockey Club de São Paulo foi fundado em 1875 por Raphael Paes de Barros e Antônio da Silva Prado. Com o nome de Club de Corridas Paulistano, estava localizado na Mooca, na Rua Bresser. Foi lá que a cidade recebeu sua primeira corrida oficial de cavalos, em outubro do ano seguinte.

A mudança para a Avenida Lineu de Paula Machado se deu décadas mais tarde, em uma tentativa de modernizar o espaço e atender um público maior. Em 25 de janeiro de 1941, o Jockey ressurgiu como o Hipódromo de Cidade Jardim.

Inicialmente, a Prefeitura pretendia realocar o hipódromo onde fica atualmente o Ginásio do Ibirapuera, mas as negociações foram interrompidas pelas revoluções de 1930 e 1932. Fábio Prado, à época presidente do clube e prefeito de São Paulo, optou pelo terreno de 600 mil metros quadrados na região do Morumbi.

Escrito por Gabriella Paques

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Placeholder - loading - Imagem da notícia SHOW DE LADY GAGA EM COPACABANA REPERCUTE NA IMPRENSA INTERNACIONAL

SHOW DE LADY GAGA EM COPACABANA REPERCUTE NA IMPRENSA INTERNACIONAL

Na noite de 3 de maio de 2025, Lady Gaga realizou um show gratuito histórico na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, reunindo entre 2,1 e 2,5 milhões de pessoas, segundo estimativas da organização. A apresentação tornou-se o maior espetáculo da carreira da artista e um dos maiores da história da música mundial.

Com esse feito, Gaga superou o público de Madonna no mesmo local em 2024 — estimado em cerca de 1,6 milhão —, mas ainda ficou atrás de Rod Stewart, que reuniu cerca de 3,5 milhões de pessoas na virada do ano de 1994 para 1995, também em Copacabana. Vale lembrar que o show de Stewart ocorreu no Réveillon carioca, evento que tradicionalmente atrai milhões de espectadores para a orla, o que contribuiu para os números históricos.

Operação “Fake Monster” Frustra Tentativa de Atentado

Horas antes do evento, a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça e Segurança Pública deflagraram a operação “Fake Monster”, que desmontou um plano de atentado com explosivos improvisados durante o show. Dois suspeitos foram detidos: um adulto no Rio Grande do Sul, por posse ilegal de armas, e um adolescente no Rio de Janeiro, investigado por armazenar pornografia infantil.

Segundo autoridades, o grupo envolvido promovia discurso de ódio, automutilação e violência contra a comunidade LGBTQIA+, além de recrutar jovens pela internet usando perfis falsos inspirados na fanbase da cantora. A ação policial foi mantida em sigilo até após o show para evitar pânico, e Lady Gaga só foi informada da ameaça depois da apresentação.

Repercussão Internacional: Público Histórico e Ameaça Frustrada Ganham Manchetes

A magnitude do show e a tentativa de atentado frustrada repercutiram fortemente na imprensa internacional, tanto pelo aspecto cultural quanto pelo risco evitado.

Sobre o show

O site da Billboard destacou:

“Lady Gaga realizou o maior show solo de sua carreira e o maior já feito por uma mulher na história da música mundial” (LINK).

A CNN International escreveu:

“O espetáculo gratuito de Gaga à beira-mar, com mais de 2 milhões de presentes, transformou Copacabana em uma rave global. Foi um tributo à diversidade, à inclusão e à força da música ao vivo.” (LINK)

O jornal britânico The Guardian afirmou:

“Lady Gaga fez história no Brasil com um dos maiores concertos já registrados. O público superou o de Madonna em 2024, consolidando o país como palco favorito das divas do pop.” (LINK)

Sobre a ameaça frustrada

A revista Vanity Fair destacou a operação com o título:

“Plano de bomba é frustrado antes de show histórico de Lady Gaga no Rio”, escrevendo: “Autoridades brasileiras identificaram uma célula online de extremistas que usavam identidades falsas para se infiltrar em comunidades de fãs. A ação foi rápida e silenciosa, impedindo o que poderia ter sido uma tragédia em massa.” (LINK)

O Pitchfork complementou:

“Os suspeitos mantinham perfis falsos inspirados em fãs de Gaga para atrair menores para ataques coordenados. A operação evitou o que poderia ser o pior ataque em um evento musical desde o atentado em Manchester, em 2017.” (LINK)

Já o tabloide britânico The Sun trouxe um tom mais emocional, destacando a fala da artista:

“Após saber da ameaça, Gaga teria chorado nos bastidores e dito: ‘O amor venceu outra vez. Obrigada, Brasil.’” (LINK)

Manifestação nas redes e comunicado oficial

Após o show, Lady Gaga usou suas redes sociais para agradecer o carinho do público brasileiro e, ao tomar conhecimento da ameaça frustrada, fez uma publicação emocionada:

“Brasil, eu não tenho palavras. Vocês me deram a noite mais linda da minha vida. Obrigada por me protegerem com tanto amor. Meu coração está com vocês para sempre. Amor vence.”

Horas depois, sua equipe divulgou um comunicado oficial sobre o incidente:

“A equipe da artista expressa profunda gratidão às autoridades brasileiras pela pronta e eficaz atuação. O bem-estar de todos os fãs é nossa prioridade máxima. Lady Gaga foi informada da ameaça somente após a apresentação, a fim de preservar a segurança do evento.”

Um Evento Histórico em Todos os Sentidos

Com um público recorde, um repertório repleto de hits e um cenário monumental à beira-mar, o show de Lady Gaga em Copacabana entrou para a história como um dos maiores eventos musicais já realizados. Ao mesmo tempo, a eficácia das forças de segurança brasileiras ao impedir um possível atentado mostra o grau de complexidade envolvido na organização de eventos dessa magnitude.

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